SEXO E CONSCIÊNCIA

A ENERGIA SEXUAL É A ENERGIA DO IMPULSO, CRIATIVIDADE, PROGRESSO E RELAÇÕES
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17.03.2021

Divulgação

Esse texto reflete minha última leitura, de um livro com o nome igual ao do título desta coluna e, num resumo reflexivo, tentarei trazer as informações para pensarmos o nosso eu. Se pararmos para pensar na energia sexual de todo ser humano e em como ela é descrita e representada por sua maioria – pessoas inclusive de diversas áreas como a psicanálise, as diversas religiões, filósofos etc. – encontraremos denominadores comuns: a energia sexual é a energia do impulso, da criatividade, do progresso, das relações. É a que se situa no chackra básico, na região dos genitais.

Dizem também que esse chackra tem a capacidade de nos alimentar com a energia do centro da Terra. E por falar em energia, essa energia sexual (que Freud chamou de libido) é considerada a segunda maior energia que possuímos, perdendo, somente, para o amor. Se pensarmos então num âmbito de energia sexual, amor, corpo físico, mente e espirito, teremos, pelo livro, quatro formas de encontros entre nós.

ESCRAVIDÃO – SE FOR PARA SERMOS ESCRAVOS, QUE SEJAMOS DA LIBERTAÇÃO, DO AMOR E DO RESPEITO

O primeiro encontro seria o “prazer”. O intuito aqui é o prazer físico. Aquele que é energético, instintivo. Que não envolve nada senão os mecanismos que nos fazem lembrar nossa parte mais primitiva e nosso mecanismo de satisfação.

O segundo encontro seria a “felicidade”. Aqui nesse encontro entre as pessoas, além do corpo, há também o espirito envolvido. A frase “de corpo e alma” designa bem esse encontro. Mas temos que lembrar que há prazer físico sem felicidade, assim como há felicidade sem o prazer físico. Ou os dois, que seria o ideal desse encontro.

O terceiro encontro seria o “gozo”. Esse encontro seria realizado através da inteligência e da contemplação. O gozo, nesse quesito, seria muito maior do que o prazer e a felicidade. E já começamos a nos questionar se tivemos ou temos gozo em nossas vidas.

O quarto e último tipo de encontro seria a “bem-aventurança”. Nesse, o divino que habita cada um se encontra, deixando todos os outros encontros pequenos e sem graça.

Nesse momento me peguei questionando os encontros que tive na vida, o que eles me trouxeram e que tipo de encontros eu gostaria de ter em maior abundância. Confesso que nessa lista os encontros que eu tive foram mais de prazer e felicidade. Me entristeci ao perceber que poucas foram as vezes que gozei literalmente com alguém. Esse pavor de nos mostrarmos como somos e sermos rejeitados, essa fluidez e superficialidade das relações num todo e o mundo como ele está nos influencia sem percebermos a mantermos mais os dois primeiros tipos de encontros. Pois os outros dois exigem tempo e investimento. E a maioria está ocupada demais para se dar ao luxo de tanto e correr o risco de quebrar a cara. A maior defesa hoje tem se tornado se eximir de sofrer.

Continuando com as definições do livro, ele avança dizendo que existem, assim, três tipos de amores: o de “afetividade”, que são as das relações familiares, dos cônjuges, dos filhos. O amor de “cobiça”, que se relaciona também aos cônjuges e as coisas materiais. E por fim, há o amor de “benevolência”, que é o amor dos amigos, e também dos cônjuges. Nota-se que uma relação de parceria amorosa pode conter os 3 tipos de amor, ou 2, ou 1. Tudo depende da maturidade emocional das pessoas que se relacionam e em como isso reverbera na relação.

E, por falar em relação, chegamos ao ápice do livro quando ele define os tipos de relações que nós temos no mundo:

EU-ISSO: chamamos assim as relações que temos com a natureza ou as coisas (matéria).

EU-TU: chamamos assim as relações que temos com o humano.

EU-TU ETERNO: chamamos assim as relações que temos com a divindade.

Pronto, nesse esquema facilitado do livro já temos uma enorme reflexão pela frente. A primeira delas seria se nós realmente temos essas delimitações em nossa mente, para não causar transtornos na realidade da vida. Não é incomum olharmos para esse esquema e percebermos que muitas de nossas relações estão distorcidas. Olhamos para coisas como pessoas, pessoas como divindades e divindades as duas.

Se temos nas divindades os nossos exemplos pessoais das coisas que queremos ser, por que adoramos e admiramos pessoas cujos níveis dessas mesmas coisas são baixos demais perto do que sabemos que podemos ser?  Por que nos contentamos por tão pouco? Seria a nossa referência tão baixa para podemos viver sem nos colocarmos a pressão de termos que nos melhorar e ficarmos no comodismo do amor aos defeitos?

Qual o intuito de continuarmos a olhar pessoas como posses, como coisas, tendo uma relação de dono? Que tipo de visão doentia numa relação leva o ser a achar que ele tem o outro como uma coisa dele, e o tratar nessa instância?

COM QUANTAS REPRESSÕES SE FAZ UMA PESSOA?

E qual é o motivo de adoração e amor por uma coisa como se ela te suprisse o que um humano te daria, mas você não consegue conseguir com os mesmos? Aí, primeiro temos que responder: não consegue ou não quer? Amar e se relacionar com outro ser humano envolve muitas variáveis que possivelmente darão errado em várias partes, causarão dor. Mas a vida nesse planeta não é isso? Humanos se chocando e aprendendo todo o tempo uns com os outros (ou deveria ser)? Qual parte dessa relação lhe causou tanta dor ou trauma que você decidiu não mais vivê-la de forma real e passou a projetar em coisas o que as pessoas só podem te dar?

São perguntas que me faço e trago para você nesse dia de hoje. E espero, de verdade, que você encontre as respostas que procura!

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