Atualmente no ar no quadro “A Ciumenta”, no humorístico “A Praça é Nossa” com a personagem homônima, Renata Brás se destaca pelo seu bom humor e carisma. Natural de Osasco, região Metropolitana de São Paulo, a atriz iniciou sua carreira há 26 anos no espetáculo musical “Splish Splash” do diretor Wolf Maya.
Filha da cabeleireira Dona Cleusa e do empresário Sr. Oswaldo, Renata ganhou visibilidade nacional quando interpretou a personagem Irmã Bene no folhetim infantil “Carinha de Anjo” no SBT, em seguida já emendou a série “Brasil a Bordo” onde interpretava Cleonice amante de Vadeco, papel de Miguel Falabella, mas é com a ciumenta no humorístico que a atriz caiu no gosto popular. “A ciumenta está me projetando de uma maneira que eu não fazia ideia, a Praça é um programa de muita audiência e bem popular em todo país, recebo muitas mensagens de todo o Brasil”, afirma Renata.
Nascida no signo de Peixes, que segundo a astrologia trata-se de um perfil sensível e emotivo, a pessoa de peixes é bastante insegura em relação ao seu par, mas não é muito o perfil da atriz. “A ideia da personagem foi do Carlos Alberto de Nóbrega, ele fala que tem uma ciumenta em casa e teve bastante inspiração. Justamente por isso a personagem leva o nome de sua esposa Renata, muitas pessoas acham que interpreto eu mesma, mas não sou eu”, diz aos risos.
Renata Brás é um pouco ciumenta, mas nada comparado a sua personagem, que chega a ser um ciúmes doentio. “O ciúme é um sentimento de insegurança que vem do medo de perder alguém ou algo que te preenche, medo da solidão e dentro de uma relação ele pode ser nocivo ou sadio. O ciúme que leva a proibições e controle não faz bem, como a da personagem. O parceiro tem que passar a agir de acordo com o que o ciumento exige, ou cede ou passa a mentir com o tempo para evitar discussões. De qualquer forma a pessoa deixa de ser ela mesma e passa a ser uma pessoa vivendo dentro da paranóia do outro”, esclarece a terapeuta transpessoal Wanessa Moreira.
A atriz já passou por um relacionamento ciumento e difícil. “Tive um relacionamento um pouco conturbado e nessa época cheguei a fazer plantão em frente à casa dele para ver se ele chegaria com alguém, pois eu estava desconfiada e adivinha? Bingo, chegou e peguei no pulo, foi muito triste. Esse mesmo namorado que me traiu era extremamente ciumento”, relata.
“Existe o ciúmes saudável que é um cuidado com quem se ama, sem interferir nas decisões e atitudes da outra pessoa. Pode ser dito como um interesse pelo outro, com o que faz uma vontade de participar da vida do outro. Quando você está em um relacionamento e começa a perceber que não tem o seu espaço, a sua liberdade e que precisa ceder sempre, essa manifestação virar imposição de vontade, a vida começa a não ter sentido, se desconecta, mas por crença se limita a viver a vida do outro, deixando de existir”, pontua Wanessa.
“Existem muitas mulheres iguais a minha personagem, recebo muitas mensagem de pessoas me relatando fatos parecidos, como mulheres dizendo que são exatamente como a Renata e homens dizendo ter uma ex- namorada ou esposa parecida. Se o ciúmes estiver demais, indico fazer uma terapia, e se de fato tiver ciúmes por motivos concretos largue dessa relação e se ame acima de tudo”, finaliza Renata.
“É importante demais buscar estar inteiro na relação, sentir confiante com quem você é e gostar de quem você é. Importante também uma comunicação gentil e clara para colocar suas ideias. Compreender que um relacionamento é uma soma e não uma divisão. Respeitar sua individualidade e a do outro, onde cada um é uma pessoa antes de estar com a outra. Saber admirar o outro e ver quem o outro é de fato, e não quem você gostaria que ele fosse”, encerra Wanessa Moreira.
Texto – Paulo Sanseverino
Foto – Flávio Sampaio
Make / Hair – Anderson Bueno
Renata Brás veste – Luigi Sacchettin
Stylist – Paulo Sanseverino
Locação – Izabel Litieri