‘PACARRETE’, ‘BABENCO’ E ‘A FEBRE’ SÃO OS GRANDES VENCEDORES DO GP DO CINEMA BRASILEIRO 2021

VEJA A LISTA COMENTADA COM TODOS OS VENCEDORES DA 20ª EDIÇÃO DO EVENTO
}

29.11.2021

Divulgação / Reprodução

Com oito prêmios conquistados, ‘Pacarrete’, primeiro filme de Allan Deberton, foi quem mais categorias venceu na 20ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizada na noite do último domingo (28), em São Paulo, incluindo as já esperadas vitórias como melhor comédia e melhor atriz, para Marcélia Cartaxo. O Grande Otelo de melhor filme, no entanto, foi para ‘A Febre’, também estreia de sua diretora, Maya Da-Rin, e que recebeu ainda os prêmios de melhor montagem e melhor direção de fotografia. Um feito histórico, como veremos adiante.

VEJA OS PROGNÓSTICOS PARA O GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2021

Entre os documentários, ‘Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou’ confirmou o favoritismo, conquistando quatro das seis categorias em que estava indicado, incluindo a de melhor primeira direção em longa-metragem, para Bárbara Paz, além, é claro, de ser escolhido como melhor documentário.

Organizada pela Academia Brasileira de Cinema e realizada pelo segundo ano consecutivo em formato remoto, devido à pandemia, mais uma vez a cerimônia foi apresentada e transmitida diretamente dos estúdios da TV Cultura, em São Paulo, neste ano sob comando das jornalistas Adriana Couto e Renata Boldrini. O grande homenageado desta edição foi o cineasta Ruy Guerra. Radicado no Brasil desde os anos 50, o moçambicano de origem foi um dos grandes expoentes do Cinema Novo, ao lado do outro homenageado da noite, Glauber Rocha, cuja morte completou 40 anos em 2021.

CONHEÇA E SAIBA COMO ASSISTIR AOS CURTAS INDICADOS AO GP DO CINEMA BRASILEIRO 2021

Junto às plataformas de streaming onde podem ser encontrados neste momento, confira a lista completa com todos os vencedores da 20ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO

‘A Febre’, de Maya Da-Rin (Netflix): pela primeira vez a principal categoria é vencida por um filme protagonizado por um índigena (Regis Myrupu). Parte dos diálogos se dá, inclusive, em sua própria língua materna.           

MELHOR DOCUMENTÁRIO

‘Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou’, de Bárbara Paz (disponível em plataformas de aluguel avulso): com as quatro categorias conquistadas, ‘Babenco’ junta-se a ‘Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Dei’ (2009) e ‘Chico: Artista Brasileiro’ (2015), como os documentários mais premiados do GP do Cinema Brasileiro.

MELHOR COMÉDIA

‘Pacarrete’, de Allan Deberton (Telecine Play): mantendo a tradição de triunfos de filmes produzidos no Ceará nesta categoria, após as vitórias de ‘Cine Holliúdy’, em 2014 (ano de estreia deste quesito), ‘O Shaolin do Sertão’, em 2017, e ‘Cine Holliúdy 2’ no ano passado – os três dirigidos por Halder Gomes.

MELHOR DIREÇÃO

Jeferson De, por ‘M-8: Quando a Morte Socorre a Vida’ (Netflix): em sua segunda indicação como diretor (após disputar por ‘Bróder’, em 2012), o cineasta passa a ser o primeiro negro a receber o Grande Otelo nesta categoria.

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO EM LONGA-METRAGEM

Bárbara Paz, por ‘Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou’ (disponível em plataformas de aluguel avulso): por ter sido instituída no ano passado, quando premiou Leonardo Domingues por ‘Simonal’, a categoria passa a ter sua primeira mulher como vencedora.

MELHOR ATRIZ

Marcélia Cartaxo, pelo papel-título em ‘Pacarrete’ (Telecine Play): com sua segunda vitória em quatro indicações (sendo uma como coadjuvante), 18 anos após receber o prêmio por ‘Madame Satã’, em 2003, Cartaxo passa a ser a atriz com o maior intervalo entre duas conquistas na história da premiação.

MELHOR ATOR

Marcos Palmeira, pelo personagem-título de ‘Boca de Ouro’ (Telecine Play): vitória logo em sua primeira indicação ao prêmio.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Hermila Guedes, por ‘Fim de Festa’ (Telecine Play): sua segunda vitória em cinco indicações, 13 anos após vencer como melhor atriz por ‘O Céu de Suely’, em 2008.

MELHOR ATOR COADJUVANTE

João Miguel, por ‘Pacarrete’ (Telecine Play): em sua nona indicação (quarta nesta categoria e outras cinco como protagonista), o ator finalmente recebe seu primeiro Grande Otelo.

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

‘Pacarrete’ (Telecine Play), escrito por Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro: confirmando o favoritismo após vitórias nesta mesma categoria nos festivais de Gramado e CineSesc.

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

‘M-8: Quando a Morte Socorre a Vida’ (Netflix), escrito por Jeferson De e Felipe Sholl: primeira vitória na segunda indicação de Jeferson na categoria, após também concorrer por ‘Bróder’, em 2012.

MELHOR MONTAGEM EM FICÇÃO

‘A Febre’ (Netflix), por Karen Akerman: terceira vitória da montadora em quatro indicações, premiada em 2010 pelo documentário ‘Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Dei’ e em 2015 por ‘O Lobo Atrás da Porta’.

MELHOR MONTAGEM EM DOCUMENTÁRIO

‘Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou’, por Cao Guimarães e Bárbara Paz (disponível em plataformas de aluguel avulso): primeira indicação de ambos nesta categoria.

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA

‘A Febre’ (Netflix), por Barbara Alvarez: nascida no Uruguai e estabelecida na Argentina, trata-se da primeira vitória da diretora em três indicações.

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

‘Pacarrete’ (Telecine Play), por Rodrigo Frota: vitorioso em sua primeira indicação, Frota concilia seus trabalhos no campo artístico e audiovisual com sua carreira como atleta profissional de wakeboard.

MELHOR FIGURINO

‘Boca de Ouro’ (Telecine Play), por Kika Lopes: simplesmente sua sexta vitória em expressivas 12 indicações. Kika é a grande figurinista do cinema nacional.

MELHOR MAQUIAGEM

‘Pacarrete’ (Telecine Play), por Tayce Vale: primeiro Grande Otelo da maquiadora em quatro disputados.

MELHOR EFEITO VISUAL

‘A Divisão – O Filme’ (Globoplay e Telecine Play), por Marcelo Siqueira: vencedor pela terceira vez em 14 indicações, Siqueira chegou a ter quatro trabalhos entre os cinco finalistas de uma mesma edição do prêmio. Aconteceu em 2010, quando ganhou seu primeiro Grande Otelo, por ‘Besouro’, e o disputava também por ‘Salve Geral, ‘Se Eu Fosse Você 2’ e ‘Tempos de Paz’.

MELHOR TRILHA SONORA

‘Pacarrete’ (Telecine Play), por Fred Silveira: primeira indicação e primeira vitória do também ator e cantor.

MELHOR SOM

‘Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou’, por Rodrigo Ferrante, Miriam Biderman e Ricardo Reis (disponível em plataformas de aluguel avulso): valendo-se das mais de três décadas de carreira de Biderman, que chega a seu quarto Grande Otelo em 11 indicações, Reis conquista o prêmio pela segunda vez em quatro oportunidades, todas ao lado de Miriam. Enquanto Ferrante, que também estava indicado pela paisagem sonora de ‘Pacarrete’, ganha pela primeira vez em três indicações.

MELHOR ANIMAÇÃO

‘Os Under-Undergrounds, O Começo’, de Nelson Botter Jr. (Netflix): foi a primeira indicação do diretor no GP do Cinema Brasileiro.

MELHOR FILME INFANTIL

‘10 Horas Para o Natal’, de Cris D’Amato (Amazon Prime Video): após quatro indicações na categoria de melhor comédia, a diretora finalmente conquista seu primeiro Grande Otelo.

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO

‘O Roubo do Século’, Argentina, de Ariel Winograd (indisponível em plataformas online no momento).

MELHOR FILME INTERNACIONAL

‘Jojo Rabbit’, EUA, de Taika Waititi (em breve, no Star Plus).

MELHOR CURTA-METRAGEM

‘República’, de Grace Passô (Porta Curtas e redes sociais do Instituto Moreira Salles).

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

‘Filhas de Lavadeiras’, de Edileuza Penha de Souza (Porta Curtas e Vimeo).

MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM

‘Subsolo’, de Erica Maradona e Otto Guerra (Porta Curtas e Vimeo): terceiro Grande Otelo de Otto, sendo o segundo consecutivo na categoria, após vencer em 2020 por ‘Ressurreição’. A primeira vitória foi com o longa de animação ‘Até que a Sbórnia nos Separe’, em 2016.

MELHOR SÉRIE DE FICÇÃO EM TV ABERTA

‘Sob Pressão – Plantão Covid’, temporada especial, de Andrucha Waddington (Globoplay).

MELHOR SÉRIE DE FICÇÃO EM TV PAGA E STREAMING

‘Bom Dia, Verônica’, primeira temporada, de José Henrique Fonseca (Netflix).

MELHOR SÉRIE DOCUMENTAL EM TV PAGA E STREAMING

‘Milton e o Clube da Esquina’, primeira temporada, de Vitor Mafra (Canal Brasil / Globoplay).

MELHOR SÉRIE DE ANIMAÇÃO EM TV PAGA E STREAMING

‘Rocky & Hudson: Os Caubóis Gays’, de Erica Maradona, primeira temporada (Canal Brasil / Globoplay): com o prêmio, a jovem diretora recebe dois Grande Otelo na mesma noite, logo em suas duas primeiras indicações.

MELHOR FILME PELO VOTO POPULAR

‘Pacarrete’ (Telecine Play): nesta categoria, o público vota pela internet em apenas um dos indicados nas categorias melhor ficção, melhor documentário e melhor comédia.

Sua notícia no Pepper?

Entre em Contato

Siga o Pepper

Sobre o Portal Pepper

O Pepper é um portal dedicado exclusivamente ao entretenimento, trazendo ao internauta o que há de mais importante no segmento.

Diferente de outros sites do estilo, no Pepper você encontrará notícias sobre música, cinema, teatro, dança, lançamentos e várias reportagens especiais. Por isso, o Pepper é o portal de entretenimento mais diversificado do Brasil com colunistas gabaritados em cada editoria.