CONHEÇA E SAIBA COMO ASSISTIR AOS CURTAS INDICADOS AO GP DO CINEMA BRASILEIRO 2021

COM DIVERSIDADE E REPRESENTATIVIDADE, TODOS OS FINALISTAS ESTÃO DISPONÍVEIS ONLINE E GRATUITAMENTE
}

25.10.2021

Divulgação / Reprodução

A Academia Brasileira de Cinema anunciou recentemente os indicados às 31 categorias que compõem o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021, cuja cerimônia acontece em 28 de novembro, com transmissão da TV Cultura. Como prometido, o Portal Pepper traz agora um panorama sobre as três categorias dedicadas aos curtas-metragens. Assim como nos últimos anos, o site Porta Curtas, principal serviço de streaming do país dedicado ao formato, disponibiliza gratuitamente todos os 18 concorrentes deste ano. São sete entre os documentários, seis ficções e cinco em animação. Juntos, formam um conjunto marcado por notável diversidade e representatividade. Vamos a eles:

ACADEMIA ANUNCIA DATA E FINALISTAS DO GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2021

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO

‘5 Estrelas’, de Fernando Sanches – protagonizado por Luciana Paes e Gilda Nomacce, bom humor, clima tarantinesco e cunho feminista marcam este spin-off que antecipa o próximo longa- metragem do diretor (‘7 Pecadoras’), rara estratégia de promoção no país.

‘A Barca’, de Nilton Resende – Ane Oliva e, especialmente, Wanderlândia Melo brilham nesta adaptação do conto Natal na Barca, de Lygia Fagundes Telles.

‘Egum’, de Yuri Costa – apesar de ser o único indicado protagonizado por um homem (o ótimo Paulo Guidelly), é Francisca Silva, vivendo a avó do rapaz, quem chama a atenção neste curta que traz o mistério sobrenatural como metáfora da opressão histórica sofrida pela população afrodescendente do país.

‘Perifericu’, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira – um dia na vida de duas jovens amigas (Ingrid Martins e Vita Pereira), negras, moradoras da periferia de São Paulo e pertencentes à comunidade LGBTQIA+.

‘Receita de Caranguejo’, de Issis Valenzuela – Preta Ferreira e Thais Melo vivem mãe e filha em processo de luto pela perda do esposo/pai. Simbolismos bem construídos (sobretudo em relação à filha) e cortes espertos fazem deste o mais completo dos concorrentes. Estreando como diretora, Valenzuela já venceu a categoria em 2020, como produtora do curta ‘Sem Asas’.

‘República’, de Grace Passô – o mais experimental dos candidatos consiste na estreia da atriz como diretora solo (já havia codirigido ‘Vaga Carne’ com Ricardo Alves Jr.). Produzido de maneira enxuta no início da pandemia, trata-se de um distópico grito de lamento, reação direta à criminosa condução do governo frente às terríveis circunstâncias.

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

‘À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente’, de Bruna Barros e Bruna Castro – poético relato pessoal sobre o amor entre as duas diretoras e a relação destas com suas respectivas mães.

‘Cinema Contemporâneo’, de Felipe André Silva – o mais curto dos concorrentes (cinco minutos) é também o mais chocante e inventivo. Através de uma única fotografia, o diretor nos conta sobre a primeira vez em que foi estuprado, ainda criança.

Filhas de Lavadeiras’, de Edileuza Penha de Souza – de estrutura mais tradicional, com diversos relatos alternando-se pela montagem, o mais comovente dos indicados revela histórias de mulheres negras que ajudaram a construir o futuro de suas filhas e netas como lavadeiras e empregadas domésticas ao longo do século passado, culminando na conquista do diploma universitário pelas gerações atuais. É coroado por uma das últimas entrevistas da atriz Ruth de Souza, falecida em 2019 aos 98 anos.

‘In Memoriam – O Roteiro do Gravador’, de Sylvio Lanna – neste retorno do diretor após quase 50 anos, o veterano denuncia o desleixo pela memória cinematográfica do país ao vasculhar a cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em busca de seu primeiro curta, ‘O Roteiro do Gravador’ (1967), possivelmente deteriorado de maneira irreversível em meio ao imenso acervo do local.

‘Minha História é Outra’, de Mariana Campos – assim como em ‘Perifericu’ (indicado entre as ficções), o afeto entre mulheres negras e como a sociedade as encara também forma o tema central aqui, desta vez retratado no subúrbio carioca.

‘O Que Pode Um Corpo?’, de Márcio Picoli e Victor di Marco – mesclando videoperformance e depoimento, Victor nos fala sobre como a deficiência que o acompanha desde o nascimento o influencia enquanto artista e ser humano.

‘Rua Augusta, 1029’, de Mirrah da Silva – o mais tenso e visceral desta lista acompanha in loco a ocupação de um dos 18 prédios sem função social ocupados simultaneamente por 6 mil famílias no ato Abril Vermelho, organizado pelo movimento Frente de Luta por Moradia em 2015.

MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM

‘1 Peixe Para 2’, de Chia Beloto – feito especialmente a partir de criativas colagens e narrado como um documentário, o curta nos apresenta a um senhor que vive no coração da baleia dos 52 hertz, misterioso espécime único descoberto no final dos anos 1980. No interior do órgão, ele se alimenta do que seu hospedeiro ingere e organiza meticulosamente os objetos que por lá passam.

‘O Homem das Gavetas’, de Duda Rodrigues – jornada onírica de inspiração surrealista e pitadas de Van Gogh, onde o homem do título se aventura pelos pecados capitais enquanto tenta compreender suas gavetas abertas e vazias.

‘Mãtãnãg, A Encantada’, de Charles Bicalho e Shawara Maxakali – produzido em parceria com indígenas da comunidade Maxakali de Aldeia Verde e Lagoinha (MG), esta histórica indicação, falada em língua maxakali e com roteiro e direção assinados por seus membros, é inspirada em uma das lendas que integram a tradição de seu povo.

‘Subsolo’, de Erica Maradona e Otto Guerra – divertida e reflexiva ironia sobre como o culto ao corpo é absorvido pela lógica industrial capitalista. Vencedor da categoria no ano passado (por Ressurreição), Otto já é uma lenda da animação brasileira e busca seu terceiro Grande Otelo – venceu também entre os longas, por ‘Até Que a Sbórnia Nos Separe’, em 2016 – ou até o quarto, pois este ano ainda concorre entre as séries de animação, também ao lado de Erica, com a temporada de estreia de ‘Rocky & Hudson: Os Caubóis Gays’.

‘Tandem’, de Vivian Altman – trilha musical envolvente nesta calma e típica noite no lar de um casal bem resolvido quanto à sua convivência afetiva e sexual, que não é exatamente aquela idealizada pela sociedade.

Os 18 curtas indicados estão disponíveis em uma página especial do Porta Curtas, que pode ser acessada aqui. Após logar e clicar em “assista”, aguarde de 5 a 15 segundos até que o player se abra.

A relação completa dos finalistas das 31 categorias, incluindo as quatro dedicadas às séries, pode ser acessada no site da Academia Brasileira de Cinema.

Sua notícia no Pepper?

Entre em Contato

Siga o Pepper

Sobre o Portal Pepper

O Pepper é um portal dedicado exclusivamente ao entretenimento, trazendo ao internauta o que há de mais importante no segmento.

Diferente de outros sites do estilo, no Pepper você encontrará notícias sobre música, cinema, teatro, dança, lançamentos e várias reportagens especiais. Por isso, o Pepper é o portal de entretenimento mais diversificado do Brasil com colunistas gabaritados em cada editoria.