Opinião – A era dos influenciadores que não influenciam em nada

O termo “digital influencer” precisa urgentemente ser remodelado aos olhos da sociedade e principalmente no olhar critico dos internautas
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19.01.2021

Reprodução

Influenciador – adjetivo/substantivo masculino – aquele que ou quem influencia ou possui alguma influência sobre algo ou alguém. No dicionário o significado parece fazer algum sentido, mas na vida real, ou melhor, na virtual, a situação é bem diferente. Ultimamente uma avalanche de “digitais influencers”, mas na verdade, não influenciam em nada, angariam milhões de seguidores fazendo dancinhas estranhas, exposição excessiva da privacidade e desafios que não levam a lugar algum. São raríssimos os casos que se salvam em meio a essa enxurrada de perfis com esse tipo de conteúdo.

Infelizmente a preocupação desses “influenciadores” é obter mais e mais seguidores, postar vídeos e fotos com bons ângulos e só. Esquecem que atrás de cada aparelho celular existe um jovem, totalmente influenciável por suas atitudes, já que estão em fase de desenvolvimento, podendo trazer sérios riscos psicológicos a estas pessoas. Pelo contrário, são induzidas a querer ser iguais a eles, mas esquece de um detalhe importante, o que eu quero dizer? Como eu posso ajudar o meu seguidor? O meu conteúdo traz algo relevante para a sociedade? Será que consigo fazer jus ao titulo de influenciador digital e influenciar de forma positiva a vida de alguém? São questões básicas, mas que fazem todo o sentido.

Milhões de seguidores não dizem nada sobre o seu potencial de influência sobre determinado nicho de consumidores, muitas marcas apostam suas fichas fazendo ações publicitárias com inúmeros perfis, mas não conseguem atingir o objetivo principal – vender – pois o engajamento não condiz com os números apresentados em sua descrição no perfil, ou seja, influenciador não é profissão. “Tanta gente equivocada faz mau uso da palavra, falam, falam o tempo todo, mas não tem nada a dizer”, já dizia o sábio e eterno Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr. com a canção “Senhor do Tempo”.

Os tais “influencers” visam o lucro e esquecem o conteúdo. Estamos passando por um momento delicado na sociedade, onde todo cuidado é pouco, ainda mais quando uma pessoa desqualificada está com o poder da palavra nas mãos podendo trazer sérios danos para uma juventude promissora. “Quando o jovem consome o conteúdo de uma má influência que fere os valores é um sinal que a família deve acolher essa pessoa. O indivíduo que se conecta com esses “influencers” está precisando se cuidar, olhar pra dor dela, melhorar a vibração para poder consumir coisas melhores. Porque ela está ligada a esse tipo de conteúdo ruim? Por que ela está ruim por dentro”, diz a terapeuta transpessoal Wanessa Moreira.

O termo “digital influencer” precisa urgentemente ser remodelado aos olhos da sociedade e principalmente no olhar critico dos internautas. Ser um influenciador vai além de números de seguidores. Na verdade um influenciador incentiva de forma positiva a vida de outra pessoa, fazendo com que ela evolua como ser humano.

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