NATAL DE 1977, OS HOLOFOTES CINEMATOGRÁFICOS SE APAGAM E O MUNDO SE DESPEDE DE CHARLIE CHAPLIN

GANHADOR DE TRÊS ESTATUETAS DO OSCAR, O MULTIFACETADO ARTISTA DEIXOU UM LEGADO NO CINEMA MUNDIAL
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21.12.2023

Divulgação

Para as pessoas que desconhecem o fantástico universo de Charlie Chaplin, o homem que revolucionou o cinema mudo e sua importância para o mercado cinematográfico, talvez, o primeiro passo seja assistir ao longa-metragem “Chaplin”, lançado em 1992, estrelado por Robert Downey Jr. Sir Charles Spencer Chaplin Jr. foi um ator, comediante, diretor, compositor, roteirista, cineasta, editor e músico britânico. O multiartista é considerado o principal ator da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão. 

AS CHANCHADAS DE HERBERT RICHERS

É considerado por alguns críticos o maior artista cinematográfico de todos os tempos, e um dos “pais do cinema”, junto com os Irmãos Lumière, Georges Méliès e D.W. Griffith. Nasceu em 16 de abril de 1889, em Londres, na Inglaterra. Seu principal e mais famoso personagem foi The Tramp, conhecido como Charlot na Europa e igualmente conhecido como Carlitos ou “O Vagabundo” aqui no Brasil. Trata-se de em um pobre andarilho que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro. Usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados com a numeração maior, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e um pequeno bigode. Aliás, caracterização essa replicada até os dias atuais.  

Afinal, por que a maquiagem nesta época era tão pesada? Até o final do século XIX, o cinema era mudo e preto e branco, utilizavam recursos visuais teatrais para o seu desenvolvimento, tanto na cenografia, figurino ou mesmo maquiagem. Até então, o cinema não era visto como uma expressão artística, a não ser pelos que se interessavam em traçar uma teoria para esta “nova arte”. Naquela época o filme era ortocromático, ou seja, sensível a todas as cores, exceto as cores quentes (vermelho, laranja, amarelo). Assim, os atores tinham que usar maquiagem clara, com lábios, sobrancelhas e contorno de olhos bem marcados para garantir que seus rostos fossem capturados corretamente. 

É também por isso que tantos atores, em seus personagens, optavam em usar bigodes, para adicionar camada de visibilidade. Foi só no final da década de 1920 – coincidentemente com o surgimento do cinema falado e de constantes reclamações dos cineastas, que a Kodak finalmente desenvolveu o filme pancromático, ao qual registrava com mais qualidade a imagem.

Não existe um registro exato sobre o processo criativo da caracterização de Charlie Chaplin, até mesmo porque, era tudo muito intuitivo e quase coletivo. A caracterização visual foi se profissionalizando a partir de 1914, mais precisamente em 1917, quando George Westemore cria o primeiro departamento de maquiagem, passando assim, a incluir o nome dos profissionais nos créditos finais dos filmes. Mas isso já é outra história, que você pode assistir aqui

United Artists, 1919

Em 1919, no auge de seu sucesso, juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D.W. Griffith, Chaplin fundou a sua própria produtora, a United Artists, em 1919. A partir daí, começou a fazer seus próprios roteiros e dirigir seus filmes. Crítico ferrenho da sociedade, ele não se cansava de denunciar os grandes problemas sociais, tais como a miséria e o desemprego. Produziu grandes obras como: “O Circo”, “Rua de Paz” e “Luzes da Cidade”.  Pelo filme “O Circo”, Chaplin ganhou seu primeiro Oscar, em 1929. 

"O Circo"

Chaplin era contra o surgimento do cinema falado, mas logo se adaptou e passou a produzir verdadeiras obras-primas como “O Grande Ditador”, “Tempos Modernos” e “Luzes da Ribalta”. Em 1965, publicou sua autobiografia, “Minha Vida”.  Em 1972, Charles Chaplin foi premiado com o Oscar Honorário de melhor trilha sonora pelo filme “Luzes da Ribalta”. Na noite de Natal, em 25 de dezembro de 1977, as luzes se apagam para Charles Chaplin, que nos deixou aos 88 anos, vítima de um derrame cerebral. 

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