LIÈGE FALA SOBRE EMPODERAMENTO HUMANO EM SEU ÁLBUM DE ESTREIA “ECDISE”

“UM CONVITE PARA REFLETIR DE ONDE VIEMOS, ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS”, COMENTA A CANTORA
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03.06.2021

Vitória Leona / Divulgação

Liège não canta só, suas vozes vêm de longe. Em Ecdise, seu primeiro álbum de carreira, realizado via edital Natura Musical, estes ecos se manifestam em diferentes canções, por meio de letras que perpassam temas como a ancestralidade, o autoconhecimento, a paixão, o desapego e a emancipação pessoal, entre outros.

“A ecdise é um termo científico sobre a troca de pele de alguns animais. E no disco ela é representada por uma cobra, que troca a pele por completo para poder crescer”, explica a cantora. “De certo modo foi o que eu vivi pessoalmente na minha própria transição, partindo de meus trabalhos anteriores e chegando agora neste projeto inédito”, completa.

Natural de Belém do Pará, Liège atualmente vive em São Paulo (SP), no entanto foi em Campinas (SP) que ela encontrou seu refúgio criativo durante 2020. Mais especificamente no Groove Arts Studio, do experiente produtor DJ Duh (Emicida, Arnaldo Antunes e Tulipa Ruiz).

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“Vivi um processo muito intenso de composição em Campinas, muita coisa mudou, muita coisa eu construí lá. Posso dizer que metade das canções do disco já existiam quando cheguei ao estúdio, mas as outras eu criei durante estes encontros de produção. Foi um processo muito rico e produtivo”, revela a compositora.

Sobre a experiência de trabalhar com o DJ Duh, Liège o descreve como “um produtor muito respeitoso, que me dizia o tempo todo: eu acho isso, eu gosto daquilo, mas o disco é seu, você tem que me dizer o que sente e gosta mais’. Muitas vezes o Duh também me desafiou, me trouxe bases que provocaram minhas composições. Eu cresci pra caramba com isso tudo, digo com toda convicção”.

Um dos sabores mais especiais de Ecdise é a possibilidade de conhecermos uma nova Liège, “uma Liège que já existia, mas que agora vem por meio de novas músicas, botando muito da minha ancestralidade para fora”, aponta a artista. “Pesquisamos diversas referências: africanas, brasileiras, entre outras. Tudo isso dentro da minha regionalidade, preservando meu sotaque e minhas questões amazônicas. Trouxemos esses atravessamentos todos para uma zona contemporânea, incluindo um pouco de r&b, pop, um lance de world music até. Acho que isso ficou muito legal no álbum”.

Ecdise traz como convidados especiais o cantor e compositor Thiago Jamelão – que também atuou como diretor vocal do disco –, o duo pop 2DE1, a rapper paraense Bruna BG e Daniel Yorubá.

“É um álbum sobre empoderamento humano. Quero que as pessoas ouçam este trabalho e saiam mais fortalecidas dele, que possam reavaliar suas condutas. Um convite para refletir de onde viemos, onde estamos e para onde vamos. Quem são essas ancestrais? E que tipo de ancestral eu quero ser?”, nos instiga Liège. É hora de nos conhecer, de trocar nossas peles. Ouça o álbum:

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