“Esse é o ano da sobrevivência”, desabafa Celso Zucatelli

O jornalista pontua algumas questões sobre a pandemia e as fake news
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08.06.2020

Gustavo Arrais / Divulgação

Segundo pesquisa, a televisão é o meio de comunicação mais confiável pela população em busca de informações sobre a pandemia do novo coronavírus, com isso a pressão sobre os jornalistas só aumenta, é o caso de Celso Zucatelli, que está à frente do Balanço Geral SP, primeira edição, e em seguida participa do jornal Fala Brasil, ambos da Record TV.

“As pessoas estão vendo a televisão como melhor fonte para informação, isso é muito bom, é uma responsabilidade muito grande. Mas também estamos passando muito tempo corrigindo noticia errada, se você recebe uma noticia, não passe para frente, vai checar, tem tantos veículos com credibilidade, não compartilha o que chega ao seu celular, nos meus grupos que tem jornalistas, economistas e empresários, chega um monte de mentira”, comenta o apresentador sobre o aumento das fake news em meio à quarentena.

A população busca a todo instante informações atualizadas sobre a pandemia, os assuntos são os mais variados como a criação de uma possível vacina, se o isolamento social já pode ser descumprido, se o uso de máscaras é obrigatório, são tantas dúvidas que essa avalanche de informações acaba prejudicando a comunicação e pessoas desinformadas e com má índole acabam disseminando as fake news.

“Você espalha o medo, elas passam falsas informações sobre os tratamentos do coronavírus, coloca a vida de pessoas em risco, é assustador,quando você fala de vacinas que ainda não existem e quando você exagera nas mortes, você espalha o pânico, desespero, e isso é ruim. A pessoa que compartilha isso não tem noção da gravidade, ela acha que está fazendo um bem, compartilhando um tratamento revolucionário, e não está. Ela esta passando pra frente uma mentira”, ressalta o jornalista.

Para tudo isso só existe uma saída. “Lei. A lei tem que ser cumprida, dou muita porrada nas leis que não são respeitadas ou mesmo as que são fracas, posso citar as leis de maus tratos aos animais, é patético, é ridículo, se no mundo real as leis não são cumpridas, imagina no mundo virtual que está só começando. Estamos distante dessas punições, quando essas pessoas são identificadas e punidas, começamos a mudar esse quadro, quando a água bate naquela parte, as pessoas entendem, as pessoas tem que sentir no bolso ou na liberdade delas, tem que ter punição de verdade. A lei é uma porcaria”, desabafa.

Em momentos de quarentena, grande parcela da sociedade está buscando informações e entretenimento no universo virtual, cada vez mais aumenta o número de pessoas online, mas porque a internet não passa credibilidade igual a televisão?

“Falta checar, pra gente ter a mesma responsabilidade que temos na televisão, temos que checar, se eu der noticia errada atrás de noticia errada, eu vou perder meu emprego, na internet, se a pessoa cometer um erro, o cara vai desligar e amanhã vai fazer novamente, mas vai perder alguns seguidores. Não tem isso na internet, ligar, falar com as pessoas, e é importante mudar isso, estamos falando da bobageira, os portais não fazem isso, pois são feitos por jornalistas. O desespero pelo furo de reportagem, se você não apura direito, dá ruim”, esclarece Zucatelli.

“Esse é o ano da sobrevivência. Essa é a hora de ajudar, é hora de tentar construir. A turma da Paraisópolis está fazendo um trabalho incrível, a galera tem que se unir. A gente fala lave as mãos, e os caras da periferia não tem água, como pode ficar sem água nesse momento, tem muita coisa pra mudar, vamos sair mais fortalecidos como sociedade, estamos evoluindo”, finaliza.

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