“A SEMANA DE ARTE MODERNA: SÃO PAULO, 1922”, DE DOUGLAS TUFANO, CONTA A HISTÓRIA DE FORMA DESCONTRAÍDA EM 13 CAPÍTULOS

O AUTOR MOSTRA QUE O FATO CUMPRIU SEU OBJETIVO, COM A AMPLA DIVULGAÇÃO DE UMA NOVA GERAÇÃO DE ARTISTAS
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11.02.2022

Reprodução / Divulgação

A Editora Moderna apresenta a obra “A Semana de Arte Moderna: São Paulo, 1922”, de autoria de Douglas Tufano. Com indicação de leitura a partir dos 13 anos, o volume convida o leitor a uma viagem no tempo para conhecer, de forma descontraída, esse importante episódio da nossa história cultural no ano de seu centenário. 

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Dividido em 13 capítulos, repleto de fotografias, reproduções de obras de arte, materiais de arquivo, boxes explicativos e com um projeto gráfico que remete ao design característico dos anos 20, o autor conta como a icônica semana foi responsável para definir os rumos da arte e da literatura no Brasil. Contextualizando a época e seguindo uma ordem cronológica, o livro mostra como a Semana, realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo, foi fundamental para a cidade que se desenvolvia aceleradamente do ponto de vista industrial e econômico. 

O mundo ainda sofria as consequências da 1ª Guerra Mundial, que havia recém-terminando, afetando, sobretudo a economia européia. Ao mesmo tempo, no campo da arte aconteciam vários movimentos para romper com os estilos tradicionais naquele continente. Toda essa agitação repercutiu no Brasil e, por consequência, em São Paulo. Assim começou a nascer a ideia da Semana de Arte Moderna

Tufano explica que o acontecimento provocou polêmicas na cidade, pois havia entre alguns jovens escritores o desejo de renovação. Em São Paulo, a Literatura ainda tinha fortes referências no Romantismo e Parnasianismo. O movimento de renovação, porém, iniciou-se pelas áreas da escultura e da pintura. 

Um dos impulsos para a concepção do evento foi a comoção gerada pela exposição de pinturas modernas de Anita Malfatti, que provocou polêmicas no tradicional cenário artístico paulistano, em 1917. Nasceu, então, o chamado Grupo dos Cinco, formado pelos artistas e escritores Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, que a apoiaram e lutaram pela defesa da liberdade de expressão artística. 

O autor mostra que A Semana de Arte Moderna cumpriu seu objetivo, com a ampla divulgação de uma nova geração de artistas, que lutavam pela renovação das artes em geral. O movimento modernista se tornou forte e coletivo em São Paulo, e o evento realizado em fevereiro tornou-se um marco na história da cultura brasileira. 96 páginas. R$ 58.

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