Lançada recentemente pela Netflix, a série “Sweet Tooth” conta a história de Gus (Christian Convery), um menino híbrido, meio humano/meio cervo, que nasceu em um cenário pós-apocalíptico, após o surgimento de um vírus mortal (flagelo). O garoto busca um novo começo e algumas respostas, ao lado de seu protetor, o “grandão” um tanto quanto rude.
“SWEET TOOTH”, NOVA SÉRIE DA NETFLIX, TRAZ MENSAGENS SUBLIMINARES DO ATUAL CENÁRIO EM QUE VIVEMOS
O maior desafio em fazer uma produção com crianças é antes de tudo que elas “não cresçam”. Sim, esta foi a primeira e maior preocupação da produção e claro do departamento de maquiagem, pois o piloto da série, que é sucesso no streaming, foi gravado um ano antes do início dos episódios oficiais (2018/19).
Com um excelente elenco mirim já escalado, o segundo passo seria uma equipe de maquiagem incrível que conseguisse dar vida de forma realista aos personagens. Para a transformação dos jovens atores em criaturas híbridas, o cabeleireiro e maquiador Stefan Knight e os maquiadores especializados em próteses, Justin Raleigh, para o primeiro episódio da série, e Kevin Kirkpatrick para os episódios seguintes, criaram próteses muito pequenas e delicadas com foco nos principais elementos físicos que definiam cada personagem. Destaque para as orelhas e nariz da porquinha Wendy, interpretada por Naledi Murray.
“Se fizéssemos os bebês híbridos com efeitos visuais, você não terá a mesma sensação de espanto quando olhar uma bola verde no berço. Essa é a sua primeira revelação de híbridos na vida. Tem que funcionar e puxar você para a história”, disse Justin Raleigh, em entrevista ao The New York Times.
Aliás, todos os bebês híbridos mostrados na cena da maternidade, são bonecos animatrônicos, criados por Grant Lehmann, artista australiano especialista em fantoches. Claro que não poderíamos deixar de falar das orelhas flexíveis de látex que ornam a cabeça de Gus, logo abaixo de sua galhada. Elas são controladas por controle remoto. O operador tinha de acompanhar o ator por todo o set de filmagem conforme a cena, para que pudesse visualizar o rosto e fazer com que as orelhas tivessem um movimento coerente com a expressão facial do ator.