No mês da Consciência Negra, trouxe uma visão sobre a história dessa mulher que revolucionou o cenário fonográfico, Tina Turner é sem dúvida, o melhor sinônimo de mulher empoderada. A estrela celebraria 84 anos no próximo dia 26 de novembro, mas nos deixou em maio deste ano, após uma árdua batalha contra o câncer, mas ela está tão viva e presente, quanto qualquer um de nós.
“TINA” ABORDA ASPECTOS DA VIDA PESSOAL DA CANTORA QUE AFETARAM DIRETAMENTE SUA CARREIRA
Tina, cuja carreira notável abrangeu vários gêneros e gerações, deixou sua marca na indústria do entretenimento, em especial o da música, fazendo dela uma verdadeira lenda. A carreira de Turner se estende por várias décadas, com diversas conquistas notáveis como cantora. No entanto, sua influência vai muito além do musical. A artista foi um emblema de resiliência, tendo triunfado sobre as adversidades e emergido como um símbolo de empoderamento para inúmeras pessoas em todo o mundo.
Nascida Anna Mae Bullock em Brownsville, Tennessee, a jornada de Tina Turner ao estrelato teve seus obstáculos. Desde suas primeiras lutas para se libertar de um relacionamento abusivo, seja na infância ou na fase adulta, até sua busca incansável pelo sucesso como artista solo, a luta foi parte integrante de sua história. O seu espírito indomável e a sua determinação são inspiradores, nos lembrando que obstáculos podem ser superados e os sonhos podem ser realizados, com muito trabalho e disciplina.
Crescendo em uma família modesta, ela descobriu sua paixão pelo canto no coral da igreja e em shows de talentos locais. Aos 17 anos, se mudou para St. Louis, Missouri, onde conheceu Ike Turner, um músico talentoso que se tornaria seu parceiro musical e marido. Sob a orientação de Ike, Tina aprimorou suas habilidades como intérprete e vocalista, e eles formaram a renomada dupla Ike & Tina Turner. Suas eletrizantes performances ao vivo e som comovente lhes renderam reconhecimento e sucesso, com sucessos como “River Deep – Mountain High” e “Proud Mary”, catapultando-os para o centro das atenções. No entanto, seu relacionamento pessoal estava repleto de turbulências e muita violência doméstica, mas Tina finalmente reuniu coragem para abandonar o casamento abusivo, no início dos anos 80.
Lançando moda e fazendo com que as mulheres americanas, em especial as negras, usassem e abusassem das perucas. A experiência de Tina Turner com violência doméstica tornou-se um ponto importante na sua vida e a impulsionou a tornar-se uma apaixonada defensora dos sobreviventes. Ao partilhar abertamente a sua própria história e ao falar contra a violência doméstica, ela tornou-se um farol de esperança e empoderamento para inúmeras pessoas presas em situações semelhantes.
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O trabalho de defesa de direitos de Turner foi além de suas experiências pessoais. Ela colaborou ativamente com organizações como a “Coalizão Nacional Contra a Violência Doméstica” para aumentar a conscientização, educar as comunidades e apoiar os sobreviventes. Após sua separação de Ike Turner, Tina embarcou em carreira solo, enfrentando inúmeros obstáculos, mas nunca perdendo a determinação. Ela se reinventou como uma cantora de rock e pop, e lançou o álbum “Private Dancer”, em 1984. Fez parcerias e duetos com artistas como Cher e David Bowie, apareceu no filme “Tommy” e tornou-se um fenômeno global, ganhando vários prêmios Grammy’s e estabelecendo-a como uma artista solo icônica.
A influência de Tina Turner estendeu-se além da música e do ativismo; suas escolhas de moda e estilo icônico deixaram uma marca profunda na cultura pop. Conhecida por sua dinâmica presença de palco, Tina abraçou a moda como meio de auto-expressão. Seus conjuntos glamorosos e ousados tornaram-se uma extensão visual de suas performances poderosas. O seu senso de moda foi definido pela ousadia e originalidade.
Ela destemidamente vestiu peças atraentes e super sensuais, incluindo vestidos de lantejoulas, roupas adornadas com franjas e botas de cano alto. Seus penteados e perucas, sempre selvagens e volumosos, tornaram-se um símbolo icônico de sua personalidade. Um dos looks mais impactantes, ao longo da carreira de Tina Turner foi sem dúvida alguma no filme de 1985, “Mad Max Beyond Thunderdome”, onde ela exibiu um estilo selvagem e ao mesmo tempo futurista. Sua mistura única de rock ‘n’ roll e elegância atemporal continuam a inspirar designers, estilistas e artistas até hoje.
Apareceu em inúmeras capas de revistas de moda ao longo de sua carreira, incluindo Vogue, Harper ‘s Bazaar, Elle e Rolling Stone. Seu estilo cativante, presença poderosa e escolhas de moda influentes fizeram dela um ícone procurado por publicações de moda, solidificando ainda mais seu status como criadora de tendências. Muitas vezes maquiada por um dos profissionais mais importantes da história da beleza, Kevyn Aucoin. A amizade entre os dois era tão grande, que Tina foi sua modelo para o livro de Aucoin, “Face Forward”, surgindo em uma versão moderna de Cleópatra.
Por mais de cinco décadas, Turner comandou o palco no que os fãs carinhosamente chamavam de “O Vestido Tina”, e quanto mais ela se apresentava, mais curtas ficavam as bainhas. “Não existem regras que digam que você tem que se vestir de uma determinada maneira ou ser de uma determinada maneira. Estamos vivendo tempos emocionantes para as mulheres”, disse Tina em 2009, ao embarcar em sua turnê de 50 anos. Viva Tina Turner!