Em meados dos anos 50, nascia o concurso de beleza, que se tornaria hoje campeão de audiência mundial, o Miss Universo, que chega a sua 70º edição neste domingo (16), às 21h, diretamente da Flórida, nos Estados Unidos, transmitido pelo canal TNT e apresentado pela primeira drag queen da história do evento, Ikaro Kadoshi. Será uma noite repleta de empoderamento, diversidade e muita beleza.
O concurso marcou muitas gerações, e claro, os brasileiros torcem por nossa representante, a gaúcha, Júlia Gama, 28 anos, Miss Brasil 2020, para que traga a coroa à terras tupiniquins. “Desde que me conheço por gente eu assistia. Nunca participei de nenhum, mas eu sempre fui o que saboreia. Tanto que desde 2016 sou o mestre de cerimônias do Miss Brasil Gay de Juiz de Fora, e sou completamente apaixonado por essa função”, comenta Ikaro Kadoshi.
Devido à pandemia que o mundo enfrenta, fez com que o evento fosse cancelado em 2020, ou seja, o evento que acontecerá neste final de semana irá coroar a Miss Universo 2020, e ainda este ano acontecerá outro concurso para eleger a Miss Universo 2021.
ESCRAVIDÃO – SE FOR PARA SERMOS ESCRAVOS, QUE SEJAMOS DA LIBERTAÇÃO, DO AMOR E DO RESPEITO
Essa será a primeira vez que uma drag queen apresentará o evento, e o representante comemora a conquista. “Eu já tinha feito parte do time on-line em 2018, fui chamado para comentar o Miss Universo no Youtube, onde só conversávamos sem mostrar o Miss para quem assistia. E para mim já tinha sido uma experiência surreal. E esse ano a TNT me procurou e me propôs esse desafio. Eu aceitei, e depois percebi que estava fazendo história junto com o canal”.
Para a comunidade LGBTQIA+ é um grande passo para a representatividade, ainda mais se tratando de um concurso de beleza mais importante do mundo – “vou falar sobre a minha opinião, visto que cada vez mais essa comunidade pensa individualizada. Eu acho que sempre que uma barreira é quebrada, um ineditismo acontece, a gente volta a entender que tudo é possível e que o mundo está entendendo as cantantes da diversidade na vida como um todo. A diversidade nos move para frente”, destaca Kadoshi.
A expectativa é grande em torno da apresentação de Ikaro e sobre a candidata Júlia Gama para trazer a coroa ao Brasil, mas o fato é, o canal está fazendo história e quebrando barreiras, principalmente do preconceito e a favor da diversidade e representatividade. “Eu tenho falado com a Miss Brasil, a Júlia Gama, e dizendo que quero ser o trevo de quatro folhas colorido para ela. Quero que façamos história juntos. As latinas vêm muito forte esse ano e tudo indica que uma latina leva, mas é uma caixa de surpresas. E o Brasil nunca esteve tão forte, tão bem preparado e tão favorito. Eu só quero gritar “É do Brasil”, finaliza.
