“VIDA LIVRE”, DE EDUARDO SRUR, REFLETE SOBRE A CRUELDADE QUE OS ANIMAIS SOFREM AO SEREM APRISIONADOS

“PARA ISSO EXISTE A ARTE, PARA DESATAR NÓS E ABRIR A CONSCIÊNCIA DAS PESSOAS”, REFLETE
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03.06.2022

Rolê SP

O artista plástico Eduardo Srur teve sua exposição prorrogada, intitulada “Vida Livre”, ela está instalada em três pontos diferentes, em São Paulo e acontece até o dia 7 de julho. “A exposição ‘Vida Livre’ foi prorrogada para abrir caminho para as mudanças necessárias na sociedade. Não são apenas pássaros e animais que ficam aprisionados em gaiolas, jaulas e aquários. O ser humano também constrói prisões mentais e limitadoras. Para isso existe a arte, para desatar nós e abrir a consciência das pessoas”, escreveu o artista em suas redes sociais.

EDUARDO SRUR TRAZ REFLEXÃO SOBRE O “CAOS” DO TRÂNSITO DAS GRANDES METRÓPOLES

A exposição reflete sobre a crueldade que muitos animais sofrem sendo aprisionados, Srur provoca reflexões nas pessoas que tiram a liberdade de muitos seres vivos em prol ao próprio entretenimento. Uma bela analogia em tempos pandêmicos, onde seres humanos ficaram trancados em suas casas por alguns meses e sentiram na pele a liberdade tirada de anos de vidas de várias espécies.

A exposição possui três obras – “Zoo”, “Aquário” e destaque para “Voo dos Pássaros” que foi construída com mais de 1000 gaiolas apreendidas pela Polícia Federal em operações contra o tráfico de animais silvestres e está instalada no centro do Parque do Povo. A intervenção provoca o público a refletir sobre a triste realidade de milhares de pássaros aprisionados em gaiolas pelo mundo, sequestrados de seu habitat e de sua família, privados de sua liberdade na natureza.

“O Brasil é o país com maior tráfico de animais silvestres do mundo. São 38 milhões de animais retirados da natureza a cada ano. É uma prática criminosa que precisa acabar. A verdadeira morada dos pássaros é a árvore, e não a gaiola do homem. Pássaro feliz é pássaro livre”, reflete Srur.

A obra “Aquário” está instalada em frente ao lago do Parque Ibirapuera e apresenta um tanque azul com 30 mil litros de água e elementos escolhidos pelo artista para simbolizar milhares de animais obrigados a sobreviver em aquários pelo mundo. Os aquários nos seduzem com sua beleza artificial, mas os animais estão presos somente para o nosso entretenimento. Imagine viver sem oxigênio. Imagine viver sem o direito de respirar.

A instalação também abrange dois temas contemporâneos urgentes: o aquecimento global causado pelos combustíveis fósseis e o uso excessivo do plástico, que polui os oceanos e sufoca a vida marinha.

Já a obra “Zoo” é interativa na Avenida Paulista, em frente ao Parque Trianon, com a participação de diversos atores dentro da jaula, simulando animais aprisionados. O som que emana da obra é o grito do bugio, um macaco brasileiro ameaçado de extinção que também está representado nas esculturas. Os zoológicos não são bons exemplos de conservação e preservação de espécies. Lembre-se que os animais estão presos contra sua vontade.

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