O cantor, compositor e instrumentista Sérgio Britto lançou sua primeira coletânea solo, “The Best Of”, pela Midas Music. O disco reúne o melhor dos cinco álbuns solo lançados pelo artista e ratifica o caminho que se propôs a trilhar individualmente, e será disponibilizado simultaneamente nas plataformas digitais e em vinil.
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Com um projeto gráfico cuidadosamente elaborado por Sérgio Britto, “The Best Of” traz fotografias do renomado Pedro Dimitrov e design assinado por Marina Yoshi. Britto explica que buscou inspiração nas capas de álbuns de bossa nova e jazz, referenciando especialmente os discos da Blue Note e o trabalho de César Villela na gravadora Elenco criada por Aloyzio de Oliveira.
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“Toda a parte gráfica do álbum tem forte influência das capas de discos de bossa nova e jazz. Os discos da Blue Note, por exemplo, com seus designs marcantes, inspiraram os trabalhos que César Villela criou para os discos da Elenco”, afirma Britto. “Ele trabalhava com menos recursos, inicialmente apenas em preto e branco, e depois incorporando cores. Esse estilo, com contrastes marcantes e o uso de diferentes tipografias dentro de um mesmo projeto visual, é característico dessa estética e foi algo que procurei trazer para este álbum. Tive o privilégio de trabalhar com um fotógrafo excepcional, Pedro Dimitrov, e me dediquei também à escolha das fontes e à adequação das fotos. Acredito que as imagens dialogam perfeitamente com a música presente no disco”, acrescentou.
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Entre as canções selecionadas para a coletânea estão a premiada “Purabossanova”, com participação especial de Rita Lee (eleita a melhor música do ano pelo júri da rádio MPB FM em 2014), “Sol e Água Limpa”, com Marcela Mangabeira, e “Aqui Neste Lugar”, com Negra Li. O disco também traz parcerias com grandes nomes da música brasileira, como “Como Iguais”, com a brilhante participação de Luís Melodia e “Completamente Triste”, com a icônica Alaíde Costa.
O álbum reforça a identidade solo de Britto, que transita entre bossa nova, pop e MPB. “Para essa seleção, além de escolher as melhores canções, considerei também a sonoridade que mais representasse minha busca por uma identidade própria – essa fusão entre MPB, bossa nova, principalmente e música pop. Esse é um caminho que venho trilhando desde o início da minha trajetória solo e, para este disco, quis reforçar essa essência. Algumas faixas pendem mais para o pop, outras têm uma pegada mais bossa nova, mas todas carregam uma brasilidade explícita e elementos estéticos típicos desse gênero”.
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Fora a parte musical, um dos diferenciais do trabalho solo de Sérgio Britto são as letras mais pessoais e íntimas. Canções como “Ah Muleke! (José)” e “Julia” são dedicadas aos seus filhos, revelando uma faceta mais introspectiva do artista. A produção do álbum conta com os talentosos Sérgio Fouad, Emerson Villani e Guilherme Gê, com arranjos concebidos por Britto em parceria com os produtores e músicos participantes das gravações.
O próprio Sérgio canta e toca piano, piano elétrico, teclados e violão. Entre outras participações especiais, estão Roberto Menescal e Wanda Sá em “Cadê?”, Margareth Menezes em “O Tempo das Palavras” e “Canção do Exílio”, onde Britto musicou o célebre poema de Gonçalves Dias em ritmo de bossa nova.
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Integrante dos Titãs, Sérgio Britto tem 42 anos de carreira e é autor de grandes sucessos da música brasileira, como “Epitáfio”, “Enquanto Houver Sol”, “Go Back”, “Comida”, “Flores”, “Marvin”, “Homem Primata”, “Porque Eu Sei Que É Amor” e “Diversão”. Com este lançamento, ele reforça seu caminho solo e seu desejo de desenvolver uma identidade própria.
“Espero que as pessoas percebam, neste trabalho, o desenvolvimento de uma linguagem e identidade próprias, além do universo dos Titãs. Acredito que esse álbum tem potencial para atingir um público amplo, agradando tanto aos fãs dos Titãs quanto aos apreciadores da MPB. Estou construindo um novo público, que não é exatamente o mesmo dos Titãs, nem um público exclusivamente voltado à MPB. Aos poucos, estou encontrando esse público e essa identidade”, finaliza. Ouça na íntegra: