Realizado ao longo de 20 anos, o novo filme do diretor Carlos Porto de Andrade Jr., “Primavera”, chega aos cinemas no próximo dia 17 de fevereiro já com prêmios conquistados em festivais nacionais e internacionais. “Fiquei muito emocionado vendo o filme. Valeu a pena esperarem tanto para fazê-lo. Deve ser uma grande vantagem vê-lo em tela grande”, elogia o cineasta Cacá Diegues.
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Distribuído pela O2 Play, a produção da Notábile Filmes traz em seu elenco Ana Paula Arósio (trabalho ainda inédito da atriz), Ruth de Souza, grande atriz do cinema negro falecida em julho de 2019 e Marília Gabriela (ganhadora do prêmio de Melhor Atriz no Festival Brasil de Cinema Internacional, em 2018, ao interpretar uma estátua que ganha vida) e Ruth Escobar (em sua última atuação). “Marília Gabriela foi um encantamento. Sempre me lembrarei de sua entrada no set de filmagem vestida de Nossa Senhora das Rosas. É uma atriz que trabalha com o mundo dos sonhos e sua atuação comoveu-me. Trabalharia sempre com ela. É generosa, criativa, sedutora e extremamente dedicada, com uma inteligência cênica que me impressiona”, conta o diretor.
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O filme tem a participação de Werner Schünemann, Carlos Casagrande com narração de Caco Ciocler. Roteirizado e dirigido por Carlos Porto de Andrade Jr., “Primavera” é um projeto pessoal do diretor que optou em construí-lo como um mosaico cinematográfico onde as imagens filmadas se mesclam a imagens de diversos arquivos que vão desde cenas guardadas no Museu do Índio até o Acervo Humberto Mauro. “É uma raridade, é mais que cinema, é arte”, declara o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, falecido em junho de 2019.
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O longa-metragem ainda conta com a interpretação da cantora portuguesa Eugênia Melo e Castro na canção de encerramento. “Foi uma grande ideia (entre muitas outras) fechar o filme com o “Cuitelinho”. Esse canto do Brasil Central, que foi uma descoberta de Nara Leão”, elogia mais uma vez Cacá Diegues.
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Momentos antes de sua morte, um pai revela ao filho as memórias da família à qual pertencem. Tudo o que resta são evidências fragmentadas, fotos destruídas e eventos contraditórios, descritos em um livro perdido no tempo. A narrativa se desenvolve em uma atmosfera de sonho que nos conduz pela saga de uma família incomum, que sobrepõe a lenda aos fatos.
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O ponto de partida é o primeiro ancestral, um inglês de reputação duvidosa, que chega ao Brasil no final do século XVIII e se casa com uma senhora portuguesa, dona de um extenso pedaço de terra. Seus herdeiros se tornarão os protagonistas dessa história de conflitos, amores e mistérios. No amor, os segredos guardados levarão à morte. Mas para esses personagens, estar na memória é continuar vivendo. Assista ao trailer: