PRESTES A LANÇAR O QUARTO ÁLBUM DA CARREIRA, PAULO NOVAES DESEMBARCA NO FESTIVAL PEPPER MUSIC COM SHOW INTIMISTA

“QUERO COMPARTILHAR COM O PÚBLICO NOVAS CANÇÕES, MAS TAMBÉM TOCAR OS CLÁSSICOS PRA GENTE CANTAR JUNTOS”
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04.06.2023

Lorena Dini / Reprodução

Em fase preparatória de seu quarto álbum de estúdio da carreira, Paulo Novaes apresenta seu show em formato intimista no dia 8 de junho, no Festival Pepper Music, no Teatro Paiol Cultural, em São Paulo – “Quero compartilhar com o público novas canções, as novas vivências, novo momento da minha carreira, mas também tocar os clássicos pra gente cantar e viver um momento inesquecível juntos”, comenta o cantor sobre sua apresentação.

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Aos 30 anos de idade, o paulistano já possui em sua carreira um Grammy Latino, ao qual venceu na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa pelo single “Lisboa”, parceria com o duo Anavitória. “Não esperava de jeito algum, até porque não foi uma canção gravada no meu projeto solo, então eu nem sabia que estava concorrendo. Quando recebi a notícia da indicação, já foi uma alegria imensa. Agradeço imensamente às minhas irmãs Ana e Vitória por proporcionarem algo tão grandioso na minha carreira”, relembra a experiência.

Ao ser questionado sobre o impacto do prêmio em sua carreira artística, Novaes é pontual: “Eu confesso que não senti um impacto muito grande para uma possível abertura de portas no mercado fonográfico, mas acho que mais por uma postura minha de não querer “me aproveitar” dessa situação e focar mais em plantar relações horizontais com meu público e também com amigos da cena musical, algo que é muito raro na indústria. Também confesso que não acredito em competição dentro da música, claro que o Grammy é um prêmio importante, mas não acho que sirva de métrica pra nada. É muito delicado você apontar como “a melhor canção” ou “o melhor álbum” – eu particularmente não concordo com essa disputa, mas fico feliz com o reconhecimento de qualquer maneira”.

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Nascido em uma família de artistas, Paulo Novaes, aos seis anos de idade, já integrava o grupo de trovadores mirins, criado por sua tia Maida Novaes, aos 15 anos, já se apresentava com suas músicas autorais, fazendo com que uma relação afetuosa com a música o acompanhasse desde jovem. “Minha avó foi cantora de rádio na década de 1950, mas teve que abandonar a carreira para cuidar da família de seus oitos filhos. Apesar de não ter seguido a carreira, ela continuou cantando informalmente e aplicou nos filhos toda essa musicalidade, fazendo-os estudar piano e canto na infância. Isso gerou muita musicalidade dentro da família -meus pais, tios e tias, todos têm alguma relação com a música, seja formal ou informalmente”, conta.

“Eu segui os passos desse amor, e passei a compor desde muito cedo. Nunca larguei a música, apesar de ter cursado jornalismo na universidade e trabalhado por cinco anos no ramo da comunicação. Em 2018 resolvi largar o trabalho e ir viver de música em Portugal, onde vivi até 2020”, complementa. Em sua carreira, até o momento, o cantor, compositor, produtor e instrumentista já lançou três álbuns – “Esfera” (2016), “Baú do Coração” (2018) e “Minha Cabeça” (2021), esse último lançado entre Brasil e Portugal. “Eu na realidade considero esses três primeiros álbuns uma trilogia, como se um fosse a continuação do outro. Acho que o começo da minha carreira, as canções são muito pessoais, isso culminou nos dois primeiros discos ‘Esfera’ e ‘Baú do Coração’. O mais recente, ‘Minha Cabeça’ é bem mais expansivo, como se fosse uma conclusão de todo o processo que rolou com os dois primeiros discos – de amadurecimento pessoal e musical mesmo”, explica. 

“O próximo lançamento será um álbum em parceria com o Janeiro, músico português, lá de Coimbra. Nós temos um projeto chamado ‘Protocolar’. Lançamos em 2020 um EP e agora vamos lançar o volume 2, agora um disco com 11 faixas. Ainda esse ano devo lançar também um EP com Luizga, compositor do interior de Minas Gerais, com quem vivi uma experiência numa aldeia indígena do povo Huni Kuin, lá do interior do Acre, em janeiro deste ano. Compusemos algumas canções em parceria com músicos do povo e devemos lançar esse EP ainda esse ano”, comenta sobre seus próximos projetos. 

Em relação ao atual mercado da música popular brasileira, Paulo Novaes finaliza – acho que falta horizontalidade nas relações entre os artistas, mas ao mesmo tempo compreendo devido ao cenário atual, onde temos muitos artistas independentes lutando por espaços que na maioria das vezes são ocupados pelas mesmas pessoas. É bastante democrático a nível de produção e zero democrático a nível de curadoria e de espaços nos festivais, mídias culturais, mas acho sinceramente que essa cena no mercado fonográfico, da indústria, dificilmente vai mudar. Acredito que temos que lutar por mais recursos para os artistas independentes, pensar realmente na colaboração horizontal, acessibilidade, e fortalecer a cena para fora desse lugar que me parece bastante inacessível”

SERVIÇO

Pepper Music – Paulo Novaes

Onde: Teatro Paiol Cultural

Endereço: Rua Amaral Gurgel, 164, Vila Buarque, Centro – São Paulo

Quando: 8 de junho

Horário: 20h

Quanto: R$ 70 (inteira) R$ 35 (meia)

Classificação etária: livre

Duração: 70 minutos

Informações: (11) 2364-5671

Ingressos: através do site

Estacionamento conveniado com o Teatro Paiol Cultural – Rua Marquês de Itu, 401, Vila Buarque, Centro, São Paulo – Valor único: R$ 20

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