“PICASSO – UM REBELDE EM PARIS” É UM MERGULHO NA MENTE DE UM GÊNIO, NAS CONTRADIÇÕES DE SEU CARÁTER

O DOCUMENTÁRIO DE SIMONA RISI FAZ SUA ESTREIA NOS CINEMAS BRASILEIROS EM 11 DE SETEMBRO
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02.09.2025

Popperfoto / Getty Images

Anarquista, desconhecido e revolucionário: um novo olhar sobre o artista mais influente do século XX, 50 anos após sua morte. O documentário revela o lado mais íntimo e menos conhecido de Pablo Picasso, traçando um mapa humano e artístico de Paris – cidade que moldou sua vida e obra.

Esta é a premissa de “Picasso – Um Rebelde em Paris”, de Simona Risi, que faz sua estreia nos cinemas brasileiros no dia 11 de setembro, com distribuição da Autoral Filmes. Com participação de Mina Kavani (atriz iraniana vencedora do Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza 2022 por “No Bears”), o filme alterna entre o vasto acervo do Museu Nacional Picasso em Paris e os bairros que marcaram sua trajetória. Mais do que uma biografia, é um mergulho na mente de um gênio, nas contradições de seu caráter e no contexto histórico que o cercava.

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“Picasso – Um Rebelde em Paris” integra o Circuito Arte no Cinema, ciclo de documentários sobre arte, cuidadosamente selecionados pela Autoral Filmes nos prestigiados mercados do Festival de Cannes e da Berlinale 2025. “Andy Warhol – Um Sonho Americano” foi o título de abertura em junho. Os próximos lançamentos nos cinemas brasileiros serão “Maldito Modigliani”, que estreia no dia 13 de novembro, e “Munch – Amor, Fantasmas e Vampiras”, que chega às telas no dia 4 de dezembro.

O filme se move continuamente dentro e fora do museu, que tem a maior coleção existente dedicada ao pintor com milhares de obras e material de arquivo, e segue Picasso pelos bairros parisienses onde viveu. Desde os primeiros dias em ateliês sem aquecimento até os grandes apartamentos de classe média onde seu sucesso começou: uma jornada física e intelectual para obter uma compreensão mais profunda de sua obra e espírito.

Pablo Picasso (1971) - crédito: Ralph Gatti / AFP

A história de uma vida e de um museu cria e desenvolve um retrato original de Pablo Picasso, delineando a natureza contraditória de seu personagem – generoso e despótico ao mesmo tempo, feito de sol e sombra, muitas vezes escondido atrás de uma máscara, e a duplicidade de seu comportamento, mesmo com as muitas mulheres em sua vida.

“Uma revolução na forma, mas acima de tudo na maneira como vemos as coisas”, assim Simona Risi define o trabalho do mestre espanhol. “Nosso filme usa uma linguagem contemporânea para contar a história de um gigante do modernismo“, explica. No filme, a atriz Mina Kavani nos leva a lugares como o circo, um dos favoritos do artista. Após os espetáculos, ele preenchia suas telas com acrobatas. “Em nosso documentário, o circo é uma metáfora para ilustrar a personalidade complexa do protagonista e suas dificuldades em encontrar um equilíbrio entre os opostos”, resume.

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A dupla natureza de seu personagem desencadeou o debate: é possível separar o artista do homem? Sempre presente no plano de fundo está a Paris da época de Picasso, também uma cidade cheia de contradições que, na virada do século, justamente quando se tornava uma metrópole aberta e moderna, demonstrava intolerância e xenofobia em relação aos imigrantes.

E Picasso era um imigrante, um anarquista entre anarquistas em Montmartre, o tipo desconfiado, alguém a ser cauteloso. Aspectos pouco conhecidos do pintor emergirão, revelando um lado dele que historiadores e estudiosos da arte estão apenas agora começando a investigar, como o fato de ele ser “um estrangeiro” em Paris.

“Picasso – Um Rebelde em Paris” inclui também análises de seus trabalhos. Descobriremos até mesmo por que é possível lançar um olhar “queer” sobre a obra do artista sem esforço. O trabalho inclui ainda leituras de trechos de cartas e livros sobre o pintor. O filme é complementado por entrevistas com críticos de arte, curadores, intelectuais e artistas que nos ajudarão a ter acesso à mente de Picasso. Entre eles estão Cécile Debray, presidente do Museu Nacional Picasso em Paris, Annie Cohen-Solal, autora do livro “Un étranger nommé Picasso” e os historiadores de arte Marie-Laure Bernadac e Eugenio Carmona Mato. Assista ao trailer:

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