Agora que já estamos mais tranqüilos e animados com a tão esperada vacinação, vamos nos preparar para continuar nossa jornada com clareza e otimismo na vida. Como sempre, gosto de citar: “nada é por acaso”. Numas férias dessas com a família, fui para as praias do Nordeste, lugar encantador, e esqueci-me de levar a inseparável mala de desenho. Achei que poderia até ficar sem, afinal não é sempre que se viaja com a família e junto de praias maravilhosas.
A PANDEMIA PODE COLABORAR PARA RESTABELECER VALORES HUMANOS
Mas, a certa altura da viagem, percebi o quanto a pintura faz parte de minha alma e o quanto ela me preenche. Naquele momento de lucidez fui para uma lojinha procurar qualquer material que pudesse ter em plena cidadezinha praiana e encontrei um caderno de desenho infantil e canetinhas hidrocor. Isso me salvou!
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Lembrei da técnica de pontilhismo que tinha estudado no meu curso de artes, mas que pouco tinha usado. Foi muito gostoso fazer uso dessa técnica maravilhosa onde a liberdade e concentração se dão como uma mágica. Vários pontinhos juntos e às vezes espaçados aparecem formando lindas imagens. Fiquei muito interessada nesta técnica e nunca mais parei. Poder perceber que também estava treinando minha paciência é um grande aprendizado, até porque na vida as coisas não acontecem no nosso tempo e sim no tempo do Universo. Perdemos muitos momentos em nossa vida por não ficar atento ao momento presente onde tudo acontece: o milagre da vida.
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Essa linda técnica surgiu na França em meados de 1880, a partir do movimento impressionista com os artistas Paul Signac (1863-1935) e Georges Seurat (1859-1891). Além destes, foi também muito importante para o pontilhismo o químico francês Michel Eugène Chevreul, que escreveu o livro “Princípios de Harmonia” e contraste de cores.
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“Empregado por uma tapeçaria parisiense que desejava melhorar a força de suas cores, ele descobriu que a questão não era sobre os corantes sendo usados, mas a forma como os diferentes tons estavam sendo combinados. Em suma, o impacto visual de uma tapeçaria era, na verdade, uma questão de óptica, não de química. Dependia da justaposição de cores complementares (que aumentavam a intensidade umas das outras) – azul e laranja, por exemplo. Seurat e os pontilhistas se basearam fortemente nas descobertas de Chevreul”, trecho retirado do site Art Ref.
É muito importante saber o que nos satisfaz para contribuir com o nosso mundo rumo à evolução humana. Todos nós temos algo a colaborar mesmo que às vezes pareça tão distante de nós. A arte e a natureza podem colaborar para nosso encontro com a verdade.