PARE O MUNDO QUE EU QUERO DESCER

PERDEMOS UM POUCO DE EMPATIA TODOS OS DIAS E MUITO DE HUMANIDADE
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26.05.2021

Reprodução

Todo dia, no último ano, tem sido sobre sobreviver a um mundo hostil. Bem ao estilo de filmes do fim do mundo ou de zumbis. Independentemente do que vier a acontecer, o mundo não será mais o mesmo. Escancaradas as realidades de o que pensam as pessoas e como a sociedade tem agido, não há como ser o mundo de antes.

Em um mundo polarizado, muitas vezes vemos dois times tentando um gritar mais alto que o outro para ver quem ganha, no grito. Acusações de todos os lados e o que mais entristece é vermos as lutas sendo lutadas com as mesmas armas que criticamos o time oposto. Se deveríamos ter aprendido algo é que em determinados assuntos, o radicalismo mais afasta que aproxima para um novo diálogo com novas informações.

O sonho de libertar as pessoas com as informações e estudos, com a ciência, com o acolhimento e entendimento, esbarra no orgulho do sentir-se certo e no tornar-se juiz do todo. Óbvio que cada ser humano luta pelas suas opiniões e seus ideais. Desde que o mundo é mundo isto acontece. Mas chegamos a um momento histórico, levado pelo efeito dominó da pandemia mais o descarrilar de um governo que demonstrou ser tudo menos apto para combater a realidade de um vírus, em que ou você concorda comigo, ou você é meu inimigo.

PRISÃO – A LIBERDADE SE TORNA UM DOS SEUS MAIORES MEDOS

Eu sempre reflito sobre este assunto. Sobre como lidar com uma sociedade e pessoas que se a verdade do mundo não for a sua, o mundo inteiro está errado. Fico dias sem saber as respostas dessas reflexões. Se lutar pelo que acha não deixa de ser uma maneira de lutar pela validação daquele ser existir e se sentir alguém, quem ganha quando todos os outros que não pensam como ele deve ser exterminado? Cada vez mais tenho percebido que nessa luta todos sairemos perdendo… Mais do que já perdemos.

Perdemos um pouco de empatia todos os dias e muito de humanidade. Da capacidade de se colocar no lugar daquele ser e pensar o porquê ele age como age. Que educação, que motivos, que cultura ele absorveu para que tal impressão do mundo tenha se formado? As bases, ou a primeira peça do efeito dominó, precisam urgentemente ser combatidas e transformadas. Passa por essa primeira peça a educação, o direito à vida, a equidade nas oportunidades de trabalho, as reparações históricas de grupos que sofreram por anos a tentativa de serem feitos de invisíveis ou inferiores. Marginalizados.

Passa, ainda, por uma revolução na educação sentimental de cada ser – o que sabemos, não vai ser fácil muito menos rápido. Nos resta o trabalho de uma formiga. Que lentamente pega folha por folha na certeza de que o inverno virá e ela fez o que devia para passar ilesa. Troque a folha por pessoas que tocamos com as libertações da realidade com acolhimento.

O ESPELHO DE DUAS FACES – A GENTE TEM SE OLHADO, MAS NÃO SE VISTO

Não há tempo a perder em ajudarmos uns aos outros nos sentidos do que nos libertará das prisões causadas pelo mundo, pelos governantes, pelo sistema que nos impede de sair da caixa, e pelo nosso próprio ego. Não dá pra viver nesse mundo como está.

Parem o mundo que eu quero descer…

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