OUTUBRO ROSA: MULHER, APRENDA A RESTABELECER SUA AUTOESTIMA ATRAVÉS DO AUTOCONHECIMENTO

O FORTALECIMENTO EMOCIONAL AUMENTA O ENGAJAMENTO AO TRATAMENTO E FAVORECE A RECUPERAÇÃO DAS PACIENTES
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01.10.2021

Divulgação / Reprodução

Eis que a primavera chega e com ela o mês de outubro. É neste mês que uma campanha, que iniciou em 1990, ganha força. É claro que você já ouviu falar do “Outubro Rosa”, mas você sabe como ele surgiu? A campanha tem como principal objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção do câncer de mama por meio do diagnóstico precoce. Neste mês, mulheres entre 40 e 70 anos são aconselhadas a fazer a mamografia, um exame capaz de detectar a presença do nódulo cancerígeno. 

⁠MAQUIAGEM É MUITO MAIS DO QUE UMA SIMPLES PINTURA NO ROSTO

A ação nasceu pela Fundação Susan G. Komen Breast Cancer, a maior ONG mundial voltada para pessoas com câncer de mama, com o objetivo de conscientizar a população sobre os cuidados e tratamentos da doença. Em 1991, a Fundação promoveu uma corrida, intitulada “Race For The Cure”, e foi nesse evento que o laço cor-de-rosa foi distribuído a todos os participantes da corrida, o que acabou se tornando símbolo oficial da luta.

“Race For The Cure”

Entretanto, somente em 1997 é que outras cidades nos Estados Unidos, começaram a promover atividades voltadas ao diagnóstico e prevenção da doença, escolhendo o mês de outubro como epicentro das ações. Hoje o “Outubro Rosa” é realizado em vários lugares do mundo.

Durante este período são realizadas diversas atividades com o objetivo de promover a conscientização do câncer de mama, compartilhando informações detalhadas sobre os tratamentos e sobre a doença. Dessa forma, é possível reduzir os riscos e, consequentemente, o índice de mortalidade, ou seja, prevenção. Quando a doença é detectada precocemente há mais opções de tratamento. Por isso, fazer o exame de câncer de mama com regularidade é fundamental. 

Já no Brasil a primeira ação em relação ao “Outubro Rosa” aconteceu em 2002, quando o monumento Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, no Ibirapuera, em São Paulo, recebeu uma iluminação cor de rosa. A ação foi impulsionada por um grupo de mulheres simpatizantes ao movimento em conjunto com a empresa farmacêutica Roché. 

Seis anos depois, a campanha passou a tomar forma no país. Em 2008, diversas empresas passaram a iluminar prédios e monumentos pelas cidades brasileiras como forma de demonstrar apoio à causa. 

O autoexame é fundamental

Ele é recomendado para todas as mulheres a partir dos 20 anos. Fazê-lo regularmente, além de aumentar o conhecimento sobre o próprio corpo, ajuda a identificar possíveis alterações nas mamas. Para isso, coloque a mão direita atrás da nuca, com o cotovelo voltado para cima. Delicadamente, deslize a outra mão, apalpando a mama com as pontas dos dedos. Isso deve ser feito em movimentos circulares, tomando cuidado para não causar dor ou desconforto. O movimento deve começar nas axilas e ir até os mamilos. 

Durante a avaliação, é muito importante observar se há regiões mais densas ou com caroços. Em seguida, pressione delicadamente o mamilo para verificar se há saída de líquidos. Ao finalizar esse passo a passo, troque a posição dos braços e repita o mesmo processo. Encontrando alguma alteração nas mamas durante o autoexame, o primeiro passo é manter a calma e procurar o ginecologista ou o mastologista (médico especialista em mamas) o mais rápido possível. Lembre-se, prevenção

Vale lembrar que é essencial realizar a mamografia a cada dois anos, principalmente se você tem entre 50 e 69 anos. Dessa forma, é possível identificar possíveis problemas de forma mais rápida, aumentando as chances de cura. 

Atenção! Homens também podem ter câncer de mama 

Apesar de menos incidente, o câncer de mama em homens é uma realidade e deve ser evitado e tratado preliminarmente, já que representa 1% dos casos de câncer em homens e, mesmo que raro, pode ser fatal. 

Minha relação com o câncer de mama 

Em meados de 2000, eu trabalhava como maquiador do espetáculo “Vítor ou Vitória” e adquiria produtos da Payot para o elenco. Numa dessas idas à loja, a gerente da época do Centro Técnico, Dona Paulina, me convidou a integrar o time de profissionais, para ministrar aulas de automaquiagem.

Neste mesmo período, a marca estava firmando uma parceria com o Hospital Pérola Byington, que é referência no tratamento oncológico, em São Paulo. O sucesso deste projeto foi tanto, que passei a ministrar oficinas de automaquiagem para as pacientes quinzenalmente. 

Foi ali que eu percebi que a maquiagem tem uma importância ainda maior, do que só embelezar. Ela tem a função de embelezar, tratar, proteger e principalmente restabelecer a autoestima da mulher

Nas oficinas, cada paciente ganha um estojo (nécessaire) com produtos para utilizar durante e após a ação para colocar em prática o que aprendeu em seu dia a dia. Mas é imprescindível que o paciente converse com o seu médico, sobre os produtos mais adequados para serem utilizados durante o tratamento, pois pode ser que exista alguma restrição, alguma incompatibilidade conforme o tipo de tratamento adotado. 

Médicos e psicólogos que acompanham o projeto contam que o fortalecimento emocional aumenta o engajamento ao tratamento e favorece a recuperação das pacientes. Além do impacto do diagnóstico e da decorrente batalha para vencer a doença, pessoas em tratamento contra o câncer têm de lidar com alterações drásticas na aparência, como o ressecamento excessivo da pele, manchas e a ausência de sobrancelhas, sem falar na queda dos cabelos. 

O autocuidado é um resgate de si mesmo. O paciente consegue passar por essa experiência de forma mais leve, e isso impactará positivamente no tratamento. 

Dica importante! 

Quem faz quimioterapia precisa dedicar atenção especial à hidratação da pele, ter cuidado ao cortar as unhas, fazer a barba ou se depilar. Não é recomendável remover as cutículas, pois elas protegem as unhas contra infecções. É melhor optar por produtos sem fragrância e sem álcool. São boas opções os itens à base de óleo de amêndoas, ceramidas e leite de aveia. Banhos demorados e quentes também devem ser evitados, pois ressecam ainda mais a pele. 

A autoestima não está relacionada apenas à aparência física, mas também ao autoconhecimento. É importante, durante toda essa fase, a busca por autoconhecimento além claro do autocuidado. O autocuidado pode estar ligado à estética, como passar um batom e um blush, mas também em fazer o que se gosta, descobrir novos sentidos na vida, olhar-se e cuidar-se com atenção, carinho, respeito e principalmente amor.

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