“OS DEUSES QUE DANÇAM”, PRIMEIRO ÁLBUM DE MUNDHUMANO, TRAZ PARCERIAS COM ARTISTAS INICIANTES E ENALTECE A MÚSICA PRETA

O GRUPO PASSA POR EXALTAÇÃO DO POVO PRETO, DA SABEDORIA POPULAR E DO SAGRADO, RACISMO, ÉTICA E BEM MAIS
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14.11.2022

Mayara Varalho

Mundhumano lança álbum pop em que são misturados gêneros tradicionais da música preta mundial. “Os Deuses Que Dançam” está disponível em todas as plataformas digitais e terá versão física em janeiro de 2023. A banda nasceu em 2013 quando, numa conversa, a cantora Nina Soldera e o compositor Kleuber Garcêz decidiram ultrapassar as cercas em que a música preta goianiense estava inserida.

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“A capoeira, o samba de roda e de terreiro, a congada, o sagrado, o rap, o hip-hop eram grupos com visibilidade apenas no dia 13 de maio e 20 de novembro – dia da abolição da escravatura no Brasil e da consciência negra. Datas de festejos do povo preto. Queríamos dar uma sacudida nesse cenário”, comentam.  

“Os Deuses Que Dançam” é, então, o primeiro álbum de Mundhumano, que vem, anualmente, desde 2020, apresentando pílulas do projeto em singles: “Guerreiras Urbanas”, “Senhor do Tempo” e “Pedra Fundamental”. Projeto é composto por 10 faixas, produzidas por Paulo Monarco  – “Questão de Gênero”, ainda inédita, deve ganhar um videoclipe no início de 2023. “Fizemos uma escolha bem contrária às leis do mercado para um artista iniciante – geralmente, se tem um feat ou um padrinho já consolidado no circuito. Optamos por chamar para fazer com a gente cantoras também iniciantes e que estão em busca de visibilidade: Flávia Carolina (Ave e Eva), Marianna Conceição e Érika Ribeiro. Como diz na letra de “Guerreiras Urbanas”: uma sobe e puxa outra”.

A ideia que dá título ao trabalho surge do que o grupo chama de “gana de liberdade”. “A imagem de que deuses dançam, sem a existência do pecado, da punição, é como saber da dádiva da vida: devemos sentir a intensidade disso e discernir como o sistema nos rouba esses momentos de vivenciá-los; em suma, é sobre valorizar conquistas coletivas e individuais”.

O álbum começa com “Pedra Fundamental” e a abertura é dada nos seguintes versos: “Já fui expulso do jardim, / mordi o fruto do tal pecado original” – e fecha com “Céu Lilás” – que, num movimento de exaltação do agora, canta: “me traga uma cerveja e ligue o som”. Entre a expulsão do paraíso e o colher do dia, Mundhumano passa por exaltação do povo preto, da sabedoria popular e do sagrado, racismo, questão de gênero, relacionamentos, ética, contemplação, união e bem mais. Aperte o play:

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