Não é novidade que o machismo não interfere exclusivamente na vida das mulheres, mas ainda assim nem todos sabem que o machismo prejudica até a saúde do homem. No mês de Novembro, temos a importante campanha chamada “Novembro Azul”, que tem por objetivo alertar a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o segundo tipo mais frequente entre os homens.
CAMPANHA NOVEMBRO AZUL GANHA ENSAIO INUSITADO COM ARIENNES KAWAHIRA
Infelizmente é muito comum homens adultos dizerem que o exame de toque, método eficaz de descobrir o câncer de próstata, não é “coisa de homem”. É tão comum que, segundo uma pesquisa do Datafolha encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia, o Instituto Oncoguia e a Bayer, 21% dos homens adultos entrevistados têm essa ideia equivocada.
Nesta campanha, mulheres costumam ter um papel mais importante do que pode parecer em um primeiro momento – já que se trata de um mês dedicado à saúde masculina: muitas vezes são elas as responsáveis por convencer seus parceiros, pais, filhos e amigos a realizarem o exame e cuidarem da saúde em geral. E isso acontece não apenas devido ao preconceito por trás do exame de toque, mas sim devido à ideia que ainda se faz presente na cabeça de muitos homens, que cuidar de si e da própria saúde é coisa de mulher. Ideias que têm origem no mesmo imaginário que afirma que os homens devem ser fortes, não podem chorar ou demonstrar nenhuma fraqueza ou sensibilidade.
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São as parceiras, filhas, mães ou amigas que contribuem com a quebra desses preconceitos e dessas ideias completamente equivocadas. Quantas vezes você viu alguma mulher marcando alguma consulta ou exame para um homem? Quantas vezes você, mulher, fez isso para um homem próximo a você? É claro que existe uma sobrecarga nas costas dessas mesmas mulheres e buscamos justamente a não romantização desses atos.
A ideia por aqui é mostrar o quanto os ideais de uma sociedade tão machista quanto a nossa, pode comprometer a vida de todos nós. 48% dos homens entrevistados nesta mesma pesquisa do Datafolha, afirmam que o machismo é o que mais dificulta a realização do exame, enquanto 12% assumem que a vergonha e o constrangimento são aspectos que os impedem de realizar o exame.
Números altos que refletem o quanto insistir em reforçar determinados estereótipos ou preconceitos, é prejudicial inclusive à saúde dos homens.