MESTRE DO SABOR MOSTRA QUE VOCÊ PODE FAZER DE MANEIRA DIFERENTE, SIM!

O REALITY MOSTRA FEEDBACKS SEMPRE CONSTRUTIVOS E VALORIZAÇÃO DA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL DO PARTICIPANTE
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19.07.2021

Divulgação

Toda quinta-feira, fico ansiosa para chegar às 22h30 e assistir ao incrível reality show gastronômico produzido e exibido pela Rede Globo: Mestre do Sabor. Único ponto negativo é que não dá para assistir, sem nada para comer: é tanto prato lindo, tanto aprendizado. Mestre do Sabor é o primeiro reality show da emissora, apresentado por Claude Troisgros e Batista, e intermediação de Monique Alfradique. Para quem não o conhece, vou explicar um pouco a dinâmica do programa.

Fase 1 (Prato de Entrada): O programa possui 18 vagas. Nos dois primeiros episódios, os candidatos precisam preparar um prato que consideram a sua melhor receita na cozinha. Os chefs jurados Kátia Barbosa, Leo Paixão e Rafael Costa e Silva, escolhem os candidatos que entrarão no programa sem saber quem o elaborou.

As avaliações ocorrem de maneira individual: cada vez que degustam um novo prato, os Mestres (jurados) decidem se o candidato merece uma vaga no seu time e, assim, a permanência no reality. Mas, se mais de um Mestre aprovar a receita, é o próprio candidato que vai escolher qual time ele quer fazer parte. Essa fase é finalizada quando os três times de cada chef estão completos, com seis participantes cada um.

Fase 2 (Na Pressão): Cada episódio é dividido em dois blocos. A primeira é o Menu Confiança, no formato time contra time, onde os três times cozinham um menu completo, com cada Mestre orientando os Chefs do seu time. Quem vai avaliar e eleger o melhor menu é o apresentador Claude, juntamente com o Batista. O time que ganhar o voto irá conquistar a imunidade na segunda prova.

A segunda prova, do segundo bloco, é a Batalha dos Cucas. Os Chefs cozinham individualmente e são avaliados pelos Mestres Costa e Silva, Kátia e Leo Paixão, que terão a missão de definir qual chef deixa a competição. Meu amor a esse talent show me inspirou a escrever esse artigo, onde nós, administradores, podemos aprender várias coisas que podem ser aplicadas em nossos negócios.

Tem muita gente fazendo a mesma coisa? Mestre do Sabor mostrou que você pode fazer de maneira diferente, sim!

Existem inúmeros programas de TV que já abordam o assunto gastronomia, ou competição gastronômica, mas Mestre do Sabor não hesitou em mostrar uma maneira de fazer, diferente de outras competições. Muitas vezes, nós, administradores, deixamos de lançar uma ideia, pois achamos que tem muita gente que já faz aquilo. Será que faz do jeito que a gente faz, com nosso ponto de vista, outras pessoas conseguiriam fazer? Mestre do Sabor provou que é possível agregar valor do nosso jeito, de uma maneira diferente, única, mostrando nosso “jeitinho de ser”.

Feedbacks sempre construtivos e valorização da trajetória profissional do colega

Não é porque você está num programa de gastronomia que precisa gritar com as pessoas para dizer que esta não fez algo com excelência. E isso é o que eu mais gosto em Mestre do Sabor: a elegância dos feedbacks construtivos. No momento de avaliar os pratos, os chefs jurados sempre elogiam e depois alegam o que precisa ser melhorado, de maneira firme, precisa e educada, pontuando erros e acertos, com fatos e dados. E finalizam a avaliação com um elogio.

Levo essa maneira construtiva de dar feedback para minha vida. Eu acho sensacional o respeito que os jurados possuem pela história de cada participante e entendem isso até no momento de expor suas opiniões, afinal, os chefs que participam da competição são muito experientes e bem-sucedidos.

Teve um episódio que estavam avaliando um dos pratos dos competidores e quando se abriram as cortinas para ver quem era, todos os chefs jurados se surpreenderam e demonstraram ser fãs do trabalho do candidato. Reconhecer a trajetória de um par é lindo de se ver e não é porque você está numa posição superior (como a de jurado) que precisa rebaixá-lo: todos brilham juntos.

A coragem de se desafiar

Os chefs que se candidatam a competição, como disse, são bem-sucedidos. Ao entrarem numa competição, tornam-se mais vulneráveis à pressão e ao tempo de preparo dos pratos. Porém, embora o desafio, esses chefs acabam se tornando mais conhecidos nacionalmente, mas correm o risco de terem suas imagens expostas e fazerem algo que não estão acostumados, saindo de suas rotinas.

Saiba construir times de excelência e com diversidade

Essa parte também me chama muito atenção, tanto no time de jurados, quanto o time de participantes.

Referente ao time de jurados e aos apresentadores, nota-se que há uma diferença e equilíbrio entre suas vivências:

Claude Troisgros: chef de cozinha francês, considerado um dos grandes nomes da gastronomia brasileira no momento. Seus cardápios mesclam a técnica francesa, aos produtos exóticos e tropicais do Brasil.

Foto: Victor Pollak / TV Globo

Batista: Nascido em Gurinhém, Paraíba, João Batista Barbosa de Souza é o segundo filho de uma família de dez irmãos. Aos 16 anos, viajou para o Rio de Janeiro pela primeira vez, com a avó. Menos de um ano depois, foi morar na Rocinha, em um barraco de tábua. Começou a trabalhar no restaurante de Claude, como lavador de pratos. Após um tempo de experiência, começou a desempenhar outras funções. Batista fazia molhos, picava verduras, até partir para entradas, peixes, carnes e sobremesa, passando por todas as bancadas e se tornando sous chef.

Kátia Barbosa: Ficou famosa por seus pratos, que recriam comidas tradicionais de bares com elegância e muito sabor.

Foto: Victor Pollak / TV Globo

Leo Paixão: Chef do Restaurante Glouton e Nicolau Bar da Esquina em Belo Horizonte, ele é a cara da nova cozinha mineira. No Glouton, mescla a alta gastronomia francesa, aprendida em sua formação em Paris, à tradicional cozinha mineira. O resultado é uma culinária precisa e sofisticada, com a base nos sabores do fogão à lenha das roças de Minas, adorada tanto por clientes, quanto pela crítica especializada.

Foto: Camila Maia / TV Globo

Monique Alfradique: é atriz da casa, apresentadora e produtora. Já havia participado de competições gastronômicas na Rede Globo, como o quadro Super Chef, na Ana Maria Braga. Compõe o time de apresentadores do reality, com muita simpatia, carisma e fala muito bem, para suavizar o sotaque carregado de Claude, que às vezes dificulta a compreensão do que é dito, e o fato de ele não ser tão conhecido junto ao público da TV aberta. Monique é uma figura mais conhecida do público, além de mostrar os bastidores do programa.

Foto: Samuel Kobayashi / TV Globo

Rafael Costa e Silva: Carioca, dono do restaurante Lasai, no Rio de Janeiro, que está na lista dos melhores restaurantes da América Latina e do Mundo.

Ademais, quando os chefs vão escolher os candidatos para seus times, sempre optam pela construção de equipes diversas: cada chef com talentos únicos, que têm uma especialidade diferente, de comida tailandesa a gastronomia paraense.

Destarte, o programa também incentiva a entrada de chefs do Brasil todo e avalia, de fato, o talento de cada um, independentemente da etnia, de onde vieram, se são homens, mulheres, gordos, pretos, gays, idosos, jovens, e eu acho isso fantástico no programa. Dá muito orgulho em ver tanta gente boa, de alto nível, trabalhando numa competição justa.

Logo, montar time diversos, com pessoas de alto nível, faz toda diferença.

Valorize contar boas histórias, ensine sua audiência e trabalhe com tendências, principalmente a do regionalismo

A cada episódio, Mestre do Sabor traz um prato ou tema diferente e conta histórias com excelentes narrativas, ou dos participantes, ou de um chef convidado, com o qual os times se inspirarão para montar seus pratos.

Além disso, a cada programa, a audiência aprende sobre algum prato novo ou técnica de gastronomia diferente.

O QUE EVITAR EM NOSSOS NEGÓCIOS COM OS ERROS DE “NO LIMITE”

Já sabemos que trabalhar com storytelling (contagem de histórias) e fazer com que as pessoas aprendam com o seu negócio agrega muito valor a sua marca, afinal, o cérebro do usuário sente-se desafiado e empolgado com isso.

Também aprendi com Mestre do Sabor a ficar mais antenada nas tendências de mercado, dentre elas o regionalismo. Valorizar a cultura e produtos caseiros adaptados aos gostos e preferências locais é uma grande tendência aos próximos anos, de acordo com a Euromonitor (2017). Isso acontece tanto com a moda, viagens, gastronomia e na música.

Sei que passamos por um momento bem delicado na história pandêmica do Brasil: para mim, assistir ao Mestre do Sabor me enche de orgulho de ser brasileira e de esperança, pois ali eu vejo um país cheio de contrastes e cultura, que embora todas as mazelas, resiste e sobrevive. Obrigada, por essa injeção de conhecimento e ânimo, Globo, todas as semanas.

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