‘MARTE UM’ É O GRANDE VENCEDOR DO GP DO CINEMA BRASILEIRO 2023

FILME DE GABRIEL MARTINS CONQUISTA OITO GRANDE OTELO; MAIS INDICADO, “MEDIDA PROVISÓRIA” RECEBE APENAS UM PRÊMIO
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24.08.2023

Academia Brasileira de Cinema

‘Marte Um’ confirmou o favoritismo e foi o grande vencedor do 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, conquistando oito das 13 categorias em que estava indicado, incluindo a de melhor filme. Por outro lado, ‘Medida Provisória’, filme com mais indicações nesta edição, recebeu apenas um dos 14 prêmios que disputou. Com apresentação de Cláudia Abreu e Silvio Guindane, a cerimônia aconteceu na noite da última quarta (23), no auditório da Cidade das Artes, zona oeste do Rio de Janeiro, e foi transmitida na íntegra pelo Youtube da Academia Brasileira de Cinema (assista abaixo), organizadora da premiação, e pelo Canal Brasil, que esteve com acesso liberado a não assinantes no Globoplay.

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Confira a lista comentada com os vencedores das 29 categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023. A plataforma de streaming onde estão disponíveis encontra-se logo após a primeira menção de cada título:

Melhor Longa-Metragem de Ficção

MARTE UM (Telecine) – escolhido para representar o Brasil no último Oscar por uma comissão formada por membros da própria Academia Brasileira de Cinema, multipremiado Brasil afora, e com algumas conquistas internacionais na bagagem, a cada categoria vencida a obra de Gabriel Martins foi confirmando seu favoritismo .

Melhor Longa-Metragem Documentário

KOBRA AUTO RETRATO (Reserva Imovision) – coproduzido, escrito, dirigido e montado por Lina Chamie, a trajetória do artista brasleiro, hoje reconhecido internacionalmente como um dos maiores muralistas em atividade, dá a cineasta seu primeiro Grande Otelo em quatro indicações.

Melhor Longa-Metragem em Animação

TARSILINHA (Amazon Prime) – num ano histórico para a categoria, com recorde de produções indicadas (cinco), venceu a mais encantadora delas. Trazendo cenários e personagens compostos a partir da obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) e roteiro influenciado por Alice no País das Maravilhas, o filme de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo reverencia a cultura brasileira sem nunca deixar de nos divertir.

Melhor Longa-Metragem Infantil

PLUFT, O FANTASMINHA (Telecine) – único dos concorrentes indicado em outras categorias, totalizando cinco menções, confirmou o favoritismo e o grande retorno de Rosane Svartman, em seu primeiro longa após uma década de intervalo.

Melhor Longa-Metragem Comédia (voto popular)

BEM-VINDA A QUIXERAMOBIM (Globoplay) – em sua sétima indicação, Halder Gomes chega ao seu quarto Grande Otelo, todos nesta categoria, pela primeira vez restrita apenas ao voto do público.

Melhor Direção

GABRIEL MARTINS por ‘Marte Um’ – após ser indicado pelo curta ‘Nada’ em 2018, Martins conquista três Grande Otelo logo em seu segundo GP, somando este ao de melhor roteiro original e melhor montagem.

Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem

CAROLINA MARKOWICZ por ‘Carvão’ (Globoplay+canais) – vencedora com o curta de ficção ‘O Órfão’, em 2019, Markowicz chega ao seu segundo Grande Otelo em quatro indicações com este formidável primeiro longa-metragem.

Melhor Atriz

DIRA PAES por ‘Pureza’ (Globoplay) – mulher mais indicada da história da premiação, Paes ganhou pela terceira vez em 15 disputas, tornando-se ainda a primeira atriz a vencer o Grande Otelo em dois anos consecutivos, já que também triunfou em 2022, por ‘Veneza’. De quebra, isolou-se como a maior vencedora na categoria, desempatando com Glória Pires, Leandra Leal, Marcélia Cartaxo e Regina Casé. Em ‘Pureza’, completamente mergulhada em sua personagem, Paes carrega o filme nas costas com uma interpretação nada menos que brilhante, à altura da importância do tema: uma história real sobre trabalho análogo à escravidão no Brasil.

Melhor Ator

CARLOS FRANCISCO por ‘Marte Um’ – no auge de sua carreira no cinema, Francisco vence logo em sua primeira indicação ao GP.

Melhor Atriz Coadjuvante

ADRIANA ESTEVES por ‘Medida Provisória’ (Globoplay) – segunda vitória em sua segunda disputa na categoria e quinta no GP, já que conta com outras três indicações como protagonista. Num papel em que apresenta nuances de cinismo e ironia com desenvoltura, sua consistente interpretação rende ao filme de Lázaro Ramos seu único prêmio dentre os 14 a que concorreu.

Melhor Ator Coadjuvante

CÍCERO LUCAS por ‘Marte Um’ – em seu primeiro papel, aos 18 anos (tinha 14 durante as filmagens), Lucas passa a ser o ator mais jovem a vencer o Grande Otelo.

Melhor Roteiro Original

GABRIEL MARTINS por ‘Marte Um’ – mais um de seus três prêmios na noite, consolidando o favoritismo adquirido após as vitórias em Gramado e no Sesc Melhores Filmes.

Melhor Roteiro Adaptado

ANGELO DEFANTI por ‘O Clube dos Anjos’ (Telecine) – tendo dois de seus curtas indicados em edições anteriores (a ficção ‘A Melhor Idade’, em 2013, e o documentário ‘Borá’, em 2018), Defanti chegou ao seu terceiro GP disputando mais três categorias, das quais conquista seu primeiro Grande Otelo com a ótima adaptação do livro de Luis Fernando Verissimo.

Melhor Montagem

THIAGO RICARTE e GABRIEL MARTINS por ‘Marte Um’ – talvez a mais inesperada das vitórias do filme, o prêmio abriu caminho para o “hat trick” de Martins, que ainda venceria as categorias de melhor roteiro original e melhor direção.

Melhor Direção de Fotografia

LEONARDO FELICIANO por ‘Marte Um’ – ganhando em sua primeira indicação ao GP, Feliciano confirmou o favoritismo conquistado através da vitória, por público e crítica, no Sesc Melhores Filmes, e no Prêmio ABC deste ano, entregue pela Associação Brasileira de Cinematografia, da qual boa parte dos membros também é filiada à Academia.

Melhor Direção de Arte

ADRIAN COOPER por ‘A Viagem de Pedro’ (Telecine) – britânico de nascença e radicado no Brasil desde 1975, Cooper conquista seu terceiro Grande Otelo em sete participações no GP, tendo vencido em 2004, com ‘Desmundo’, e 2011, com ‘Quincas Berro D’Água’.

Melhor Figurino

MARJORIE GUELLER, JOANA PORTO e PATRÍCIA DÓRIA por ‘A Viagem de Pedro’ – primeira vitória de Gueller em cinco indicações, compartilhada com Joana Porto e a portuguesa Patrícia Dória, estreantes no GP.

Melhor Maquiagem

TAYCE VALE e BLUE por ‘A Viagem de Pedro’ – compartilhada com o experiente maquiador português Nuno Esteves, conhecido como Blue, trata-se da segunda vitória de Vale em cinco indicações, após conquistar o prêmio pela primeira vez com ‘Pacarrete’, em 2021.

Melhor Efeito Visual

SANDRO DI SEGNI por ‘Pluft, O Fantasminha’ – valendo-se da experiência em blockbusters de Hollywood como ‘O Homem de Aço’ (2013) e ‘Thor: Mundo Sombrio’ (2013), Di Segni estreia com vitória no GP.

Melhor Trilha Sonora

PEDRO GUEDES, FABIANO KRIEGER e LUCAS MARCIER por ‘Eduardo e Mônica’ (Globoplay) – na categoria que abriu a noite de premiação, Krieger e Marcier receberam seu primeiro Grande Otelo em três indicações, compartilhado com Guedes, estreante no GP.

Melhor Som

MARCOS LOPES e TIAGO BELLO por ‘Marte Um’ – a dupla, que já havia vencido o Prêmio ABC neste ano, estreia com vitória no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Melhor Filme Íbero-Americano

ARGENTINA, 1985 / Argentina (Amazon Prime) – vencedor do Globo de Ouro de melhor filme em língua não inglesa, e indicado em dezenas de premiações pelo mundo, incluindo Oscar, Bafta e Critics Choice, o filme de Santiago Mitre apenas confirmou seu amplo favoritismo.

Melhor Filme Internacional

ELVIS / EUA (HBO Max), de Baz Luhrmann – da vergonhosa seleção de indicados, que contava com apenas um indicado em língua não inglesa e quase inteiramente tomada por megaproduções hollywoodianas, venceu a boa biografia do rei do rock.

Melhor Curta-Metragem Ficção

BIG BANG (Mubi), de Carlos Segundo

Melhor Curta-Metragem Documentário

TERRITÓRIO PEQUI (Porta Curtas), de Takumã Kuikuro – primeiro curta-metragem dirigido por um indígena a vencer o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Melhor Curta-Metragem Animação

A MENINA ATRÁS DO ESPELHO (Porta Curtas), de Iuri Moreno

Melhor Série Brasileira Documentário

PACTO BRUTAL – O ASSASSINATO DE DANIELLA PEREZ (HBO Max) – apesar de algum exagero na exibição de imagens fortes, que nos chocam até hoje, a série de Tatiana Issa e Guto Barra faz bom uso de um imenso material de arquivo, intercalado com equilíbrio e eficiência a entrevistas recentes, remontando um caso que, 30 anos depois, ainda nos comove.

Melhor Série Brasileira Ficção

MANHÃS DE SETEMBRO – 2ª temporada (Amazon Prime)

Melhor Série Brasileira Animação

VAMOS BRINCAR COM A TURMA DA MÔNICA – 1ª temporada (Giga Gloob)

Assista à cerimônia completa:

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