A cantora e compositora Luê lança uma música-manifesto inédita, “É MTA ONDA“, em parceria com Felipe Cordeiro, Zaynara e AQNO. A faixa, que chega a todas as plataformas digitais via ONErpm, nasce como um grito coletivo sobre os desafios de viver de arte no Norte do Brasil e a responsabilidade de representar a cultura popular amazônica. Com vozes em coro e uma mensagem de resistência, a canção exalta a força da união entre artistas nortistas e reforça a importância de valorizar a produção cultural local, dentro e fora do país.
“A música fala sobre continuar, manter a fé no próprio trabalho, mesmo nas dificuldades. A gente sabe que é mais difícil romper as fronteiras do Norte e ser ouvido fora daqui, mas também sabemos o valor da nossa cultura popular. ‘É MTA ONDA!’ fala sobre isso, sobre curtir nossa própria onda e reconhecer que o que temos é muito rico”, comenta Luê. Compartilhando do mesmo sentimento, AQNO destaca como a colaboração simboliza um intercâmbio de forças entre artistas da região: “Esse feat com a Luê virou também um intercâmbio entre nós. É bonito ver como essa parceria ajuda a fortalecer a cena do Norte e mostra o quanto nossa música tem força quando caminha junto”.
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A produção da faixa ficou por conta de Mateo, que mergulhou em uma proposta criativa simbólica. O produtor explica como decidiu sair da zona de conforto para criar algo que dialogasse com a musicalidade do norte: “Essa música eu decidi começar em cima de um instrumento que não é o meu principal, o piano. Chamei um grande amigo do Chile, Rodrigo Rojas, pra começar essa música a partir de uma meio harmonia que tinha feito, mas pra desconstruir a harmonia e começar a música a partir daí. Meu objetivo era fazer uma salsa mambo que se comunicasse com a musicalidade do norte do país”.
Além da sonoridade, Mateo também assina a letra, inspirada na força coletiva da cena nortista: “A letra eu escrevi visualizando essa cena do norte do país, da maneira como ela está fortalecida, unida e se defendendo. E eu queria muito conseguir construir uma letra que fosse defendida por cantoras, cantores e musicistas que estão defendendo essa resiliência através da música, essa demonstração de potência do norte através da música. Até então minha maior obra-prima enquanto produtor era “Roda Viva”, a versão que a Francisco El Hombre fez de “Roda Viva”, mas agora é com certeza essa música. E a versão ao vivo está muito potente, muito desconstruída. Eu estou muito orgulhoso dela, está em um arranjo muito complexo, bonito, mas fluido e eu acho que ela tem muita potência de representatividade”, comenta Mateo.
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“Para mim foi uma alegria gigantesca estar junto da Luê, da Zaynara, do AQNO, nomes importantíssimos dessa geração da música do Pará, numa verdadeira constelação de perspectivas, de timbres, de força. Fiquei muito feliz e honrado de estarmos juntos”, acrescenta Felipe Cordeiro. “Tô muito feliz de poder colaborar numa mesma canção com a Luê, com o Felipe e com o AQNO. Eu tenho música com os três individualmente, mas juntar agora todo mundo numa música que é muito significativa, é mais especial ainda. Eu sou muito fã dos três e eu me sinto muito honrada pelo convite, por fazer parte disso. E a música está incrível, é uma música muito envolvente, muito única, eu diria. É muita onda essa música”, finaliza Zaynara.
