JOÃO SUPLICY PROMOVE DE DIVERSAS FORMAS O ENCONTRO DO SAMBA E DO BLUES EM SEU NOVO EP COM PARTICIPAÇÃO DE LECI BRANDÃO

COM SEIS FAIXAS, “SAMBLUES” TRAZ PARCERIA COM MOMBAÇA, PEPE CISNEIROS E VITOR DA CANDELÁRIA
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29.10.2021

Alexandre Suplicy / Divulgação

Há muitos anos, João Suplicy une o samba e o blues em suas composições e na forma de tocar violão, influenciado por grandes violinistas brasileiros como Baden Bowell e João Bosco, assim como guitarristas de blues/rock como Steve Ray Vaughan e Jimmi Hendrix, o músico resolveu intitular a união dos ritmos com o lançamento do EP “Samblues”.

JOÃO SUPLICY LANÇA CLIPE DE “A RÃ E O ESCORPIÃO” INSPIRADO NA FÁBULA DE ESOPO

O projeto possui seis faixas, que afirmam a contundência da proposta do artista, em promover de diversas formas, o encontro entre esses dois gêneros tão simbólicos. Embora ambos tenham sua origem como consequência da diáspora africana, são dois estilos bem distintos musicalmente, além de servirem de matrizes pra grande parte da música popular, feita desde então, em seus respectivos campos.

Parte dessas diferenças entre os estilos é abordada na faixa autoral “Lágrimas de um Blues” com participação de Leci Brandão, numa reflexão sobre a ausência do batuque no gênero norte- americano. “Escrevi essa música inspirado nas semelhanças e diferenças históricas que existem entre os dois estilos e eu queria colocar um pouco dessa história também num texto introdutório, mas não achava que seria eu, a pessoa certa para isso. Queria que fosse alguém com mais lugar de fala e com representatividade no movimento negro, combatente ao racismo. A Leci representa tudo isso e ainda é uma das maiores cantoras de samba que existe. Não podia haver ninguém melhor do que ela e fiquei muito feliz e honrado com essa participação”, comemora a participação da cantora no projeto.

Não por acaso, o EP começa com a introspectiva “O Tambor” que fala da presença deste instrumento no inconsciente coletivo e nas sensações mais primárias. Enquanto a envolvente “Quando a Bahia se Mudou pra Lá”, parceria com Mombaça, fala da origem do samba e dos seus infinitos desdobramentos. “’O Tambor’ fala da nossa conexão com o próprio corpo, com as nossas sensações mais sensíveis, sobre estar atento a isso. A nossa respiração, o nosso ritmo interno. Os primeiros sons que ouvimos ainda antes mesmo do nascimento, o som do coração, que se assemelha a batida de um tambor e nos acompanha por toda vida. Tambor esse, que foi arrancado da cultura africana que migrou para os Estados Unidos durante a escravidão. Também relaciono essa música com a nossa mãe terra, que também é um ser vivo e de como deve ser cuidada”, explica.

JOÃO SUPLICY FALA SOBRE DESILUSÃO AMOROSA NO SINGLE “MULHER”

Através do seu peculiar violão, por vezes distorcido, onde mescla influências tanto do Afrosamba e da Bossa-Nova como do Blues e do Rock, João Suplicy promove essa fusão de forma instigante, em faixas como a instrumental “Sambluseando” onde ele dialoga com o Vitor da Candelária, que por sua vez traz a sonoridade de uma Escola de Samba, ou em sua versão apenas de voz e violão de “As Rosas Não Falam”, composição de Cartola. A faixa “Mulher” traz um tema muito presente em ambos os estilos, que é a dor de um amor não correspondido. Composta originalmente como um Blues, a faixa ganha uma levada de violão de Bossa-Nova e um arranjo envolvente de Pepe Cisneiros que também se destaca ao piano. O violão de João potencializa ainda mais a dramaticidade da canção. Ouça o álbum na íntegra:

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