IMS PAULISTA APRESENTA A MOSTRA “ANOS 1920, RECIFE EM TEMPO DE CINEMA”, QUE DESTACA A INTENSA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA EM PERNAMBUCO

“A PROPOSTA É ESTABELECER DIÁLOGOS ENTRE A PRODUÇÃO DA DÉCADA DE 1920, O CINEMA DE OUTRAS LOCALIDADES E CURTAS DAS DÉCADAS SEGUINTES”
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05.12.2023

Divulgação

O Instituto Moreira Salles, o IMS Paulista apresenta a mostra de filmes “Anos 1920, Recife Em Tempo de Cinema”Com curadoria de Luciana Corrêa de Araújo, a mostra mergulha nos anos 1920, destacando a intensa atividade cinematográfica em Pernambuco. A programação inclui a exibição de obras como “Recife no Centenário da Confederação do Equador” (1924), título mais antigo da mostra, realizado pela produtora Pernambuco-Film, e “Retribuição” (1925), de Gentil Roiz, considerado o primeiro filme de ficção pernambucano.

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As duas exibições do filme “Retribuição” serão apresentadas com trilha sonora ao vivo comandada por Lúcio Maia, guitarrista que despontou com a banda Nação Zumbi e que tem assinado diversas trilhas sonoras, como as dos longas “Baile Perfumado”, “Amarelo Manga” “Linha de Passe”. O músico se apresenta com Juba Carvalho (percussão) e Pedro Regada (teclados analógicos). A produção e a curadoria musical são de Juliano Gentile, curador de música do IMS.

A mostra oferece uma oportunidade para o público apreciar uma parte significativa do acervo preservado de filmes pernambucanos dos anos 1920, em cópias em 35 mm, 16 mm e digitais. Realizada em outubro de 2023 pela Cinemateca Brasileira especialmente para esta mostra, a digitalização de “Retribuição”foi feita em 4k a partir de uma cópia em nitrato e apresenta uma qualidade de imagem superior às cópias que circularam nas últimas décadas.

“A produção cinematográfica em Pernambuco teve um período efervescente nos anos 1920, com mais de 40 títulos produzidos, abrangendo curtas, longas-metragens, ficção e não ficção”, destaca Luciana. “A proposta é estabelecer diálogos entre a produção pernambucana da década de 1920, o cinema de outras localidades e curtas-metragens pernambucanos das décadas seguintes. No primeiro caso, títulos produzidos nos anos 1920 na cidade mineira de Cataguases (Tesouro Perdido, Humberto Mauro, 1927), na mexicana Orizaba (O Trem Fantasma, Gabriel García Moreno, 1927) e no estado colombiano de Antioquia (Sob o Céu de Antioquia, Arturo Acevedo Vallarino, 1925) mostram flagrante proximidade com o que se fazia no Recife”.

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Na seleção de filmes, o protagonismo da cidade do Recife é evidente, tanto em filmes de enredo quanto em documentários, os quais ressaltam a dinâmica urbana e social da região.

As condições de produção variaram ao longo dos anos, com influência do financiamento governamental e parcerias com membros da sociedade. Segundo Luciana Corrêa, o sucesso comercial de “Retribuição” impulsionou a criação de novas produtoras, tornando o Recife um importante centro cinematográfico entre 1925 e 1926. No entanto, as dificuldades de distribuição além do mercado local e a ascensão do cinema sonoro contribuíram para o declínio da produção profissional de filmes de enredo na região.

A produção em questão se encaixa nos chamados “ciclos regionais” do cinema silencioso brasileiro, com filmes realizados fora das capitais do Rio de Janeiro e São Paulo. A mostra procura estabelecer conexões temporais e espaciais entre esses filmes e produções pernambucanas das décadas de 1970 a 2010, destacando semelhanças, singularidades, continuidades e rupturas. Nas palavras da curadora, “é uma maneira de relativizar a noção de ‘ciclo’, ao procurar identificar temas e procedimentos que percorrem a cinematografia pernambucana em diálogos, homenagens e embates”. A mostra apresentada agora no IMS oferece uma visão abrangente desse vibrante período cinematográfico no Recife na década de 1920 e de seu legado.

Confira a programação:

7 de dezembro, quinta – 19h – Abertura da mostra com exibição de “No Cenário da Vida”(1930) + “A filha do Advogado”(1926), seguida de debate com Luciana Corrêa de Araújo, Paulo Cunha e Sheila Schvarzman.

8 de dezembro, sexta – 18h – “Recife no Centenário da Confederação do Equador”(1924) + “As Grandezas de Pernambuco” (1926) + “O Progresso da Ciência Médica em Pernambuco” (1929) + “Fabulário Tropical”(1979) – 20h – “Aitaré da Praia” (1925) + “Sem Coração”(2014).

9 de dezembro, sábado – 16h – “Tesouro Perdido”(1927)

18h – “Veneza Americana” (1925) + “Praça Walt Disney”(2011).

10 de dezembro, domingo – 16h – “Revezes…” (1927) + “Banguê” (1978)

18h – “O Trem Fantasma” (1927).

12 e 13 de dezembro, terça e quarta – 20h – “Retribuição”(1925) + “Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da Vida” (1979). Nas duas sessões, o filme “Retribuição” conta com trilha ao vivo.

14 de dezembro, quinta – 18h – “Tesouro Perdido”(1927)

20h – “Jurando Vingar” (1925) + “O Homem da Mata” (2004).

15 de dezembro, sexta – 18h – “Veneza Americana” (1925) + “Praça Walt Disney”(2011)

20h – “Sob o Céu de Antioquia”(1925).

16 de dezembro, sábado – 16h – “Aitaré da Praia”(1925) + “Sem Coração”(2014)

18h – “Jurando Vingar” (1925) + “O Homem da Mata”(2004).

17 de dezembro, domingo – 16h – “Sob o Céu de Antioquia”(1925)

18h – “No Cenário da Vida” (1930) + “A Filha do Advogado”(1926).

19 de dezembro, terça – 18h – O trem fantasma(1927)

20h – “Recife no Centenário da Confederação do Equador” (1924) + “As Grandezas de Pernambuco” (1926) + “O Progresso da Ciência Médica em Pernambuco” (1929) + “Fabulário Tropical”(1979).

20 de dezembro, quarta – 20h – “Revezes…” (1927) + “Banguê”(1978).

SERVIÇO

Mostra “Anos 1920, Recife Em Tempo de Cinema”

Onde: IMS Paulista

Endereço: Avenida Paulista, 2424, Consolação – São Paulo

Quando: 7 a 20 de dezembro

Horário: na descrição de cada data

Quanto: R$ 10 (inteira) R$ 5 (meia)

Informações: através do site

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