“Me Chamou de Feia” é o novo single da Gole Seco, grupo vocal composto pelas paulistanas Loreta, Niwa, Giu de Castro e Nathalie Alvim. A canção, que antecipa o primeiro disco da banda, busca, através de ritmos leves, caricatos e dançantes, trazer um alívio cômico para mulheres que vivenciam, cotidianamente, o machismo estrutural. Na faixa são abordados temas como padrões de beleza, redes sociais, autoestima e aceitação.
EU NO ESPELHO – SERÁ QUE ME VEJO COMO SOU?
“Escrevi essa música com o intuito de tirar uma onda comigo mesma. Eu sempre achei o humor uma ótima ferramenta para lidar com situações desconfortáveis. E a situação, no caso, é literalmente um momento em que fui chamada de feia pela internet e como fui afetada por isso, passando por sensações contraditórias como ficar indignada, triste, dar risada e realmente acreditar no que disseram”, comenta Niwa, que assina a letra.
O videoclipe que acompanha o lançamento foi concebido e dirigido pelo próprio Gole Seco em colaboração com Iolanda Sinatra e Alan Fabio Gomes, por meio do selo Fervo. O vídeo retrata uma festa onde as integrantes são confrontadas com comentários negativos e distorcidos através de uma câmera 360, simbolizando os famosos e cansativos “haters”. “Me Chamou de Feia” é música vocal, experimental e contemporânea, feita por mulheres e inspirada por artistas como Jadsa, Anelis Assumpção, Maria Beraldo, Tom Zé, Bala Desejo, Arrigo Barnabé, Tincoãs, Roomful of Teeth, Dirty Projectors e Itamar Assumpção.
“Historicamente a voz foi por vezes realocada a um papel coadjuvante e ornamental em meio a composições instrumentais. O protagonismo da voz é espinha dorsal desse projeto, com a voz contribuindo com elementos também da base harmônica, rítmica e melódica, além da poesia e outras complexidades. Somos apaixonadas pela voz e suas infinitas possibilidades no âmbito do arranjo e da composição, reivindicando a noção de que temos plena capacidade de executar tudo que gostaríamos de maneira ímpar apenas com a voz”, comenta Gole Seco.
“Buscamos como grupo vocal ir além da sonoridade de uma dita “voz equilibrada” em arranjos elaborados por nós mesmas, que buscam explorar a fundo variações timbrísticas, dinâmicas, texturas, ritmos e intenções, ampliando as possibilidades criativas com esse complexo instrumento. O desejo da busca da individualidade, em contraponto a unidade e harmonia perfeita que se observa na maioria dos grupos vocais tradicionais, provém desse nosso encontro de 4 solistas que, na amizade e admiração mútua, criam espaço para se manifestar”, finalizam as integrantes. Aperte o play:
