Mulheres 50+ reconhecidas por suas atuações em diferentes áreas e por romperem com padrões socialmente construídos estão juntas na nova campanha do movimento antipreconceito ‘Em Desconstrução’, que desta vez propõe uma reflexão sobre o Etarismo.
CAPACITISMO É TEMA DA CAMPANHA “EM DESCONSTRUÇÃO”E ESTIMULA A DISCUSSÃO PÚBLICA SOBRE O TEMA
A nova etapa da ação ‘Você me vê como eu me vejo?’ – que já discutiu o tema Capacitismo –, será lançada no dia 27 de fevereiro, Dia do Idoso, e trará uma exposição no Metrô de São Paulo com fotos de Madonna, Luiza Trajano, Ana Paula Padrão, Nany People, Claudia Matarazzo, Regina Volpato, Maria Cândida, Babi Xavier, Renata Falzoni, Cris Guerra, Cristiana Oliveira e Cláudia Alencar.
Madonna já havia se engajado no projeto ao postar uma foto em seu perfil no Instagram e os demais nomes foram reunidos para compor um grupo plural de mulheres formadoras de opinião com diferentes profissões, origens e amplo alcance.
O objetivo é promover a discussão e a desconstrução do etarismo, como é chamada a discriminação contra pessoas ou grupos baseada na idade. Esse comportamento também é conhecido como discriminação etária, discriminação generacional, etaísmo e idadismo.
ETARISMO – ESTRANHO PENSAR QUE “JOVEM” É ELOGIO E “VELHO” É XINGAMENTO
“Embora etarismo possa se referir ao preconceito contra qualquer grupo etário, a discriminação por idade está principalmente associada às pessoas mais velhas, à terceira idade, rotuladas como lentas, fracas, dependentes e senis. O problema afeta principalmente as mulheres, pois o etarismo vem atravessado pela pressão estética e o machismo”, explica Marcos Guimarães, designer ativista e fundador do Instituto Envolver Mover Tranformar (IEMT), responsável pelo Movimento ‘Em Desconstrução’.
Além da exposição no Metrô, está previsto o leilão Lance do Bem, que terá renda destinada ao Retiro dos Artistas e outras instituições.
A campanha ‘Você me vê como eu me vejo?’ engloba quatro temas para dar visibilidade, promover discussões e propor ações concretas em torno de preconceitos estruturais. Na primeira etapa, em 2021, abordou o capacitismo; o etarismo é o tema da segunda fase; as duas últimas vão focar na Gordofobia e Pressão Estética.