O EP visual “Forró Eletrônico” acaba de ser lançado com três faixas instrumentais. O projeto, disponível em todas as plataformas de streaming, cria uma realidade animada para os personagens de Fuzaka, duo formado por Fernando Barroso (rabequeiro) e Ricardo Mingardi (kazvmba), em um cenário de ilustrações futuristas que abrem diálogo sobre a importância de resgate e divulgação para diferentes públicos e novas gerações da cultura brasileira.
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“A gente tem forte influência da rabeca nas composições, principalmente do forró pé de serra. Iniciamos nossa carreira com versões de músicas de artistas do gênero, como Mestre Ambrósio, Seu Nelson da Rabeca, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro”, comentam. Marcado pelas influências em ritmos afro-indígenas e música eletrônica, o EP segue, para o filme proposto ao registro, o seguinte roteiro: Kazvmba é brincante de Bumba Meu Boi e também produtor musical.
Rabequeiro é um grande tocador, construtor de rabeca e conhecedor das nossas tradições. Juntos, promovem bailes clandestinos chamados de Fuzaka e, através de uma pedra mágica Otá, se locomovem pelo tempo, com uma Kombi, passeando em um universo onde todas as manifestações artísticas e ancestrais são oprimidas.
Utilizando a estética cyberpunk, “Forró Eletrônico” traz um repertório autoral dançante. Em “Forró de Dois”, a primeira da sequência, Otá é destruída em três partes, ficando apenas uma delas com Kazvmba e Rabequeiro, que são direcionados ao desconhecido; as outras duas seguem dando continuidade às próximas composições do EP.
Na segunda faixa, são apresentados Taião – figura da brincadeira de Cavalo Marinho, bastante popular em Pernambuco e seu grande companheiro, Cyber Boi (Bumba Meu Boi feito de sucatas de lixo cibernético), cuja estrela dourada que carregava na testa é roubada pelo vilão Olho Grande; ambos se encontram numa dimensão paralela com Kazvmba e Rabequeiro. A terceira e última, “Sultão”, traz um clima oriental e apresenta uma entidade encantada que tem grande poder de cura e prosperidade. Aqui, a história se completa com o encontro de todos os personagens – depois que unem as partes da pedra mágica, os caminhos são abertos e tudo recomeça.
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O EP traça ligações às histórias de Encantaria, procurando afirmar as raízes de pesquisa da dupla. Cena a cena, contam as histórias de mestres e mestras que vivem em um futuro onde, para sobreviver, precisam utilizar de magias tecnológicas e de saberes ancestrais. O objetivo dessa narrativa? Evidenciar a importância da arte e da cultura de um povo.
A identidade visual foi concebida pela quadrinista Talita Correia e a animação é assinada por Alexandre de Maio. Além das telas, a animação ganha a dimensão da realidade aumentada, lançada sob o formato NFT e distribuída pelo duo para quem realizou o pré-save do trabalho. Estarão disponíveis também três ilustrações, uma para cada som, afirmando o compromisso do projeto de agregar novas tecnologias ao que propõem. Aperte o play: