De 1º a 10 de julho, a Clarin Cia. de Dança estreia o espetáculo “Da Cor de Cobre”, que propõe uma viagem ao imaginário dos brincantes do bumba-meu-boi e sua relação do festejar com a religiosidade, nesta manifestação que é patrimônio imaterial cultural do estado do Maranhão. Uma cultura enraizada na vida de um povo que tem no bumba-meu-boi um grande expoente de cores, ritmos e expressões.
PAOLO RAVLEY LANÇA O ÁLBUM AUTOBIOGRÁFICO “MUNDOS”
Nos dias 1º, 2 e 3 de julho, com entrada gratuita, o grupo apresenta “Da Cor de Cobre”, no Teatro Arthur Azevedo, na Mooca, em São Paulo. Nos dias 5 e 6 de julho, as apresentações acontecem no CRD – Centro de Referência da Dança, no Centro Histórico de São Paulo, SP. De 8, 9 e 10 de julho, o grupo se apresenta no Teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro.
O espetáculo é uma releitura poética do auto do bumba-meu-boi, que apresenta histórias encantadas sobre alguns personagens existentes nesse folguedo, como Catirina que, ao ficar grávida, passa a ter o desejo de comer a língua do boi mais belo da fazenda. E Pai Francisco, seu marido, que é responsável por cuidar desse boi, por quem tem grande afeição.
Uma forma de imaginar como começou o amor de Catirina e Pai Francisco, e também pensar sobre os desafios desta mulher grávida em comprimir seus desejos para honrar com a confiança que lhe foi dada.
O auto do bumba-meu-boi visto de lugar mágico, através de uma brecha entre o mundo real e o encantado, no qual os personagens podem transitar. Uma demonstração de fé num imaginário invisível, onde não se sabe o que é real e o que são visões.
A montagem resulta da pesquisa da Clarin Cia. de Dança, que foi ao Maranhão para encontrar grupos de diferentes sotaques de São Luís. Com vivências, entrevistas e observando os olhares desses mantenedores da cultura para o mesmo causo, a companhia se nutriu para criar “Da Cor de Cobre”, nome que se refere a um dos significados da palavra “caboclo” e a um dos personagens do bumba-meu-boi: o “caboclo de penas”. Uma alusão a esse ser místico. Um curandeiro que despeja encantamentos e saberes por onde passa, dançando e curando, com sua roupa icônica, trazendo um significado ímpar à manifestação.
DIA DO FOLCLORE – A IMPORTÂNCIA DE VALORIZAR A CULTURA, TRADIÇÃO E CRENÇAS BRASILEIRAS
A “cor de cobre” também remete ao olhar dos brincantes – o povo maranhense – para o entardecer que dá início à festa, para a terra avermelhada que levanta a poeira com os passos feitos pelos baiantes, a fogueira, essencial para afinar os couros dos pandeirões cadenciando o passo e, enfim, o brincar de toda essa gente.
SERVIÇO
Espetáculo “Da Cor de Cobre”
Onde: Teatro Arthur Azevedo, Centro de Referência da Dança e Teatro Paulo Eiró
Endereço: Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955, alto da Mooca
Centro de Referência da Dança – Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá, s/n, Praça Ramos de Azevedo
Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro
Quando: 1º, 2 e 3 de julho (Teatro Arthur Azevedo), 5 e 6 de julho (Centro de Referência da Dança), 8, 9 e 10 de julho (Teatro Paulo Eiró)
Horário: 1º, 2 e 3 de julho (sexta e sábado às 21h – domingo às 19h), 5 e 6 de julho (terça e quarta às 19h), 8, 9 e 10 de julho (sexta e sábado às 21h – domingo às 19h)
Quanto: entrada gratuita
Classificação etária: livre
Informações: Mooca (11) 2604-5558 – Centro (11) 3214-3249 – Santo Amaro (11) 5686-8440