Coronavírus: Crise e pânico devem atingir a economia, alertam personalidades

“Acho que os governos deveriam gastar sem medo, a vida é mais importante”, ressalta Bóris Casoy
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26.03.2020

Artur Igrecias / Miro / Divulgação / Reprodução

Talvez você já tenha lido em alguma rede social que a Disney perdeu sua magia, que Paris, a cidade luz, vive na escuridão e, quem tem boca vai a Roma, na atual situação não podemos ir tão longe, só ficar dentro de casa.

Passamos por uma pandemia causada pelo novo coronavírus, originado na China. Grandes eventos foram cancelados e mais de 22 mil pessoas morreram em todo mundo.

O presidente norte-americano, Donald Trump, e a chanceler alemã, Angela Merkel, recentemente admitiram que é o maior desafio global após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Já no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro vai na contramão do combate à Covid-19.

Pessoas de todo o mundo estão em quarentena sem poder se tocar, abraçar, beijar e sem o mínimo contato possível para evitar a contaminação. E quem sofre mais com tudo isso? Os idosos e pessoas com doenças crônicas.

“Os governos estão desorientados no mundo inteiro. Como se trata de um fenômeno inédito, fica difícil agir sem experiência anterior, está funcionando mais por tentativa e erro. Acho que os governos deveriam gastar sem medo, mesmo se for para imprimir dinheiro: a vida é mais importante”, ressaltou o jornalista Bóris Casoy.

Em pronunciamento nacional realizado nesta última terça-feira (24), Jair Bolsonaro dividiu opiniões com seu discurso.

“Espalharam a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália. Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas?”.

Milhares de pessoas de todo país demonstraram indignação em panelaços feitos durante o pronunciamento do presidente.

“Lidar com uma crise coletiva não é diferente das crises pessoais, chegou o momento de ter mais atenção e energia voltadas para você. Ficar pensando na crise é como ter a gasolina do carro acabando na estrada e ficar olhando para o marcador na reserva, não ajuda em nada e gera mais desespero. O medo e o pânico provocam um curto circuito no cérebro, levando a um desespero e um pensamento de fuga, morte e caos. Com isso, o corpo gasta muita bateria, muita energia com esses pensamentos e fica frágil, diminuindo a imunidade”, esclarece a terapeuta Wanessa Moreira.

“O governo está tomando as medidas corretas, ao menos os estaduais e municipais, penso que regras mais rígidas têm que entrar em vigor urgentemente, tem pessoas que ainda não perceberam ou não querem perceber a situação calamitosa. Vai passar? Lógico que vai, mas tem que suspender a cobrança de água e luz, usar o fundo partidário para o combate, auxilio moradia parlamentar também para os hospitais e medicamentos”, comenta o ator Blota Filho.

O mundo vai levar alguns anos para recuperar a economia do impacto causado pelo coronavírus, afirmou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Angel Gurría, secretário-geral da entidade, disse em entrevista à BBC que o choque econômico já é maior que a crise financeira de 2008 é que um crescimento global ainda este ano de 1,5%, já soa otimista.

“Saúde e economia têm que andar juntas, é um imenso desafio achar um meio termo, se não conseguirmos manter um ritmo de trabalho/produção neste período, não é preciso ser um especialista para saber que enfrentaremos a maior crise financeira que o mundo já viveu desde a Segunda Guerra Mundial. Empresas que agora, após anos de recessão, estavam conseguindo se desenvolver talvez morram”, finalizou Claudio Mello, publisher da Top Magazine.

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