Originalmente lançada por Yantó em seu mais recente álbum “Sítio Arqueológico”, a canção “Ladeiras” ganha nova versão, com participação de voz e violão Guilherme Kafé. O single que foi composto em uma “triceria”, um triângulo amoroso, é um ménage musical entre Bruna Moraes, Guilherme Kafé e Yantó. Com uma letra carregada de forte erotismo e sensualidade, a canção é bastante cinematográfica, descrevendo uma cena íntima de um casal entre quatro paredes.
“SÍTIO ARQUEOLÓGICO”, NOVO ÁLBUM DE YANTÓ, ABORDA DIFERENTES ASSUNTOS E MARCA NOVA FASE DO ARTISTA
Seus versos revelam “closes”, no suor brilhante escorrendo da pele, no ar condensando no teto, num olhar se demorando no outro, um beijo insano e profundo. Tudo isso ao som das “ruas da cidade toda em gozo a ressoar”. A parceria entre Yantó e Kafé se iniciou em 2020 e vem se estreitando cada vez mais ao longo dos últimos anos. Além de parceiros de canção, os músicos dividem o palco tocando e cantando juntos no Bloco Explode Coração, além de outros projetos.
“Em 2020, o Kafé me enviou um trecho da canção que ele estava compondo a partir de um poema que a Bruna mandou pra ele. Achei lindo, e acabei propondo uma continuidade, que virou o refrão da canção. Depois ele trouxe o vocalize e a gente seguiu lapidando junto até chegar à forma final. Gostei tanto da canção que ela acabou entrando no meu último disco. Ela ganhou um arranjo bem eletrônico, percussivo, que eu adoro. Mas senti que ela também merecia uma versão mais intimista, delicada, trazendo nuances diferentes”, comenta Yantó.
Após de lançar com essa roupagem mais pop e eletrônica, surgiu a ideia de gravar uma versão mais acústica e orgânica, um pouco mais próxima de como a música foi composta. As fotos de capa e divulgação são de Gee Galvão, e trazem Yantó e Kafé numa praia em imagens que refletem o afeto, intimidade e erotismo presentes na canção e na parceria entre os músicos.
“Quando o Yantó propôs que gravássemos essa versão, ele me disse que imaginou um violão bem “sujo” e rasgado, como naquele disco “Gil & Jorge: Ogum, Xangô”. E eu tinha feito um arranjo de violão super elaborado pra tocar essa música no Festival da Semana da Canção Brasileira de 2021, o que me rendeu o 2º lugar inclusive, mas acabei deixando quase tudo de lado. Instigado por essa referência, busquei simplificar ao máximo o violão. Nesse arranjo, ele vai se desenvolvendo em consonância com as vozes, de um registro mais doce e joão-gilbertiano pra essa intenção mais rasqueada e percussiva, porém relaxada, malemolente, enquanto as vozes vão ficando mais fortes”, completa Guilherme Kafé. Aperte o play:
