O nome de Herbert Richers é comumente associado as milhares de dublagens assinadas por seu estúdio ao longo de cinco décadas no país – atolado em dívidas, a empresa encerrou as atividades logo após sua morte, em 2009.
Poucos sabem, no entanto, que antes de dedicar seus negócios completamente à dublagem, o empresário, que completaria 95 anos no último dia 11, foi produtor de várias chanchadas entre as décadas de 1950 e 1970, chegando a rivalizar com a Atlântida Cinematográfica, maior companhia brasileira do ramo, mas que já entrava em seus anos de declive.
Abertura Hebert Richers
O enfraquecimento financeiro da Atlântida, que fecharia as portas em 1962, foi fator importante para que a Herbert Richers Produções Cinematográficas se consolidasse no mercado, tomando da rival justamente sua maior estrela: Grande Otelo (1915-1993), mas sem seu grande parceiro de cena, Oscarito (1906-1970), que permaneceu na primeira.
Entre dezenas de produções, pelo menos seis delas estão disponíveis desde o início deste ano através do Canal Brasil, nos serviços de VoD (vídeo on demand) das operadoras Claro, Net e Oi, sem custo adicional ao assinante. Além de Grande Otelo (presente em todas), outros grandes nomes das chanchadas nacionais também estão em cena, como Ankito, Costinha, Dercy Gonçalves e Ronald Golias.
Grande Otelo e Ankito
Veja os títulos disponíveis:
É de Chuá (1958), direção de Victor Lima, com G. Otelo, Ankito e Costinha.
Entrei de Gaiato (1959), direção de J.B. Tanko, com Zé Trindade, Dercy Gonçalves e Costinha. Participações de Chico Anysio e G. Otelo.
Garota Enxuta (1959), direção de J.B. Tanko, com Ankito e G. Otelo. Participação do cantor Agnaldo Rayol.
O Dono da Bola (1961), direção de J.B. Tanko, com R. Golias, G. Otelo e Costinha. Participação de G. Otelo.
Um Candango na Belacap (1961), direção de Roberto Farias, com com Ankito e G.Otelo.
Os Cosmonautas (1962), direção de Victor Lima, com R. Golias e G. Otelo.
Chanchadas