A conduta masculina nunca foi tão questionada. Casos de agressão, abuso sexual e feminicídio são denunciados diariamente. A rede de apoio e proteção das mulheres é vasta, mas continua ineficiente e incapaz de reduzir o número de vítimas.
O fato é que se sabe muito sobre as vítimas, mas nada – ou quase nada – sobre seus possíveis algozes. Num trabalho pioneiro, a psicanalista e mediadora de conflitos Malvina Muszkat dirige seu olhar para os homens. No livro “O Homem Subjugado – O Dilema das Masculinidades no Mundo Contemporâneo” (176 páginas / R$ 57,10), lançamento da Summus Editorial, ela faz uma reflexão inédita e propõe repensar o fenômeno da violência sob a perspectiva da subjetividade masculina, de forma a buscar maneiras mais eficientes de promover o diálogo e evitar o confronto.
Transitando por áreas como antropologia, sociologia, mitologia e psicanálise, a autora mostra como a imagem da masculinidade foi construída ao longo dos séculos e o resultado de os homens terem sempre sido estimulados a valorizar sua força física em detrimento de suas emoções.
