A transformação de Jessica Chastain em Tammy Faye envolveu muito mais do que apenas maquiagem, mas foi essencial para ela se tornar a personagem. A maquiagem é um dos pontos fortes e talvez, mais marcante do filme “Os Olhos de Tammy Faye”.
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A maquiagem de Tammy Faye foi uma parte forte da sua identidade pessoal e ao longo da sua vida tornou-se cada vez mais importante e dramática com o passar dos anos, se assim posso dizer. Tenho a impressão que muito do conflito interno de Tammy é comunicado através da sua maquiagem, tornando-a extremamente importante para o longa.
Para conseguir o visual da marca registrada de Tammy e levá-lo ao longo das décadas de sua vida, o departamento de maquiagem teve que usar próteses, perucas e várias outras ferramentas para transformar Jessica Chastain na personagem.
O filme estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2021 e já rendeu a Chastain dois prêmios de Melhor Atriz, um no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e outro no Festival Internacional de Cinema de Toronto. Sem contar que ela é uma das fortes candidatas ao Oscar.
Tammy Faye colocava rímel em seus cílios postiços. Segundo a chefe do departamento de maquiagem Linda Dowds, Tammy Faye exagerava tanto na sua maquiagem que não foi uma tarefa fácil criar os looks para o filme “The Eyes of Tammy Faye”.
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Conhecida por sua maquiagem exagerada, lábios e delineador tatuados, bronzeado intenso, conseguido artificialmente e claro, aqueles cílios icônicos, criar Bakker não foi tarefa fácil.
No filme, Jessica Chastain interpreta a lendária televangelista Tammy Faye Bakker, que passou de uma moça simples do interior à dona de uma rede de TV cristã, a The PTL Club, bem como um parque temático, juntamente de seu marido – Jim Bakker (interpretado por Andrew Garfield).
A chefe do departamento de maquiagem Linda Dowds pesquisou centenas de imagens da PTL e assistiu a diversas entrevistas dadas pelo casal – “Eu estava obcecada por Tammy, e tudo o que fizemos foi muito específico em honrar as imagens do período que se tornou mais dramático ao longo das décadas dos anos 60 e início dos anos 90”, diz ela. “Tammy Faye achava que estava bonita e não entendia por que as pessoas zombavam da sua maquiagem. Isso realmente a deixava feliz, e quando ela se sentiu pra baixo, ela apenas acrescentou mais maquiagem”, disse Dowds a Hollywood Report.
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Linda criou o estilo “Tammy Colors”, que resultou em tons exagerados para combinar com as roupas (principalmente o tom rosa chiclete e, à medida que o tempo passa e as coisas vão ficando mais escuras em sua vida, tons mais exagerados e profundos).
Para a perucaria, a chefe do departamento de cabelo, Stephanie Ingram, criou uma dúzia de peças personalizadas, desde um loiro platinado nos anos 60 e início dos anos 70 até o permanente encaracolado dos anos 80 e o visual loiro curto dos anos 90 com raízes escuras.
Recentemente falei da importância dos maquiadores protéticos na indústria do cinema (leia abaixo), e para este processo de maquiagem no filme, não foi diferente. As próteses se tornaram uma parte importante do processo, pois a atriz Jessica Chastain e Tammy Faye não tem a mesma estrutura facial.
A IMPORTÂNCIA DA CATEGORIA DE MAQUIAGEM E PENTEADO NO OSCAR
O designer de maquiagem protética Justin Raleigh começou com designs conceituais no photoshop em 3D e uma leitura de corpo inteiro que se traduziu em peças de silicone nas bochechas, nariz e queixo, e diminuiu a linha dos lábios da atriz para retratar mais de três décadas da personagem.
O processo de maquiagem chegava a levar de quatro a sete horas de trabalho, dependendo do período em que se passava a história. Um trabalho em conjunto com Dowds, Ingram e Raleigh.
O maior desafio num trabalho como este é de maquiar pele e próteses de forma que não se vejam as bordas delas na câmera. Percebo que a evolução da maquiagem, década em década, vai se tornando muito mais pesada, chegando a virar uma máscara, tendo contrastes de cor à medida que as coisas mudam para ela. Assista ao trailer:
