Algumas marcas de maquiagem renderam-se já há algum tempo, ao movimento da cultura pop atual, lançando coleções em homenagem aos filmes, personagens e artistas. A linha “The Disney Aladdin Collection”foi inspirada na determinação e confiança da princesa Jasmine, lançada pela Mac Cosmetics. Mais tarde a Urban Decay lançou “Game Of Thrones” em homenagem a série, causando um frenesi e chegamos à Ulta Beauty, surpreendendo a todos com uma coleção em homenagem aos “Vingadores” da Marvel onde os produtos se esgotaram rapidamente.
Mas ninguém vem lucrando mais do que as marcas de maquiagem de celebridades como a “Fenty Beauty” da Rihanna – Lady Gaga com a “Haus Laboratories” e a “Rare Beauty” da Selena Gomez.Claro que a linha da RiRi (Rihanna) reina absoluta entre as que venderam mais no último ano. Hoje estas marcas têm a preocupação de remodelar fronteiras, sejam elas raciais ou de gênero, em minha opinião, não é novidade.
Basta olharmos para:
Bjork com suas maquiagens artísticas, lúdicas e contestadoras;
Madonna no auge dos anos 80’s com maquiagem forte e determinada, já trazendo um empoderamento feminino.
David Bowie com sua figura andrógena e colorida – seu maior clássico sem dúvida é a maquiagem em formato de raio com traços vermelhos e azuis. O raio representa a “esquizofrenia”.
Cher com seu brilho e sofisticação, sem deixar a irreverência de lado.
Agora, pensando em Brasil, Secos e Molhados revolucionaram com os rostos cobertos com maquiagem branca, inspiradas no Teatro Kabuki – Inicialmente a ideia era apenas um disfarce para não serem reconhecidos, mas literalmente causaram em plena ditadura militar. Maquiagem esta “imitada” anos mais tarde pela banda norte-americana Kiss.
Mais do que vender, o mais importante, na hora de adquirir ou reproduzir a maquiagem de um artista, é saber qual o verdadeiro propósito daquele estilo ou no caso das marcas, qual a sua finalidade. É apenas colorir? Ser irreverente? – Ou ser transformadora e questionadora?
E aí, qual é o seu estilo?