Celebrando a cultura do funk, passando por suas transformações desde que surgiu como movimento até a chegada do passinho, o espetáculo “ou 9 ou 80” reflete sobre como os movimentos culturais periféricos retratam o que vivem, com letras que abordam temas comuns cotidianos, com suas revoltas, abismos sociais, desesperança, mas também vontades, alegria e muita criatividade.
Entre os dias 7 a 29 de agosto, a Clarín Cia de Dança realiza a temporada presencial do espetáculo, com apresentações gratuitas em áreas externas (estacionamentos) de quatro teatros da cidade de São Paulo,respeitando todos os protocolos de segurança e higiene para a não propagação da Covid-19, como o distanciamento entre as pessoas, máscara e álcool em gel.
As primeiras apresentações da temporada, acontecem nos dias 7 e 8 de agosto(sábado e domingo), às 16h, no Teatro Paulo Eiró, que fica em Santo Amaro. Nos finais de semana seguintes, as apresentações acontecem no Teatro Alfredo Mesquita(Santana), Teatro Cacilda Becker (Lapa) e Teatro Arthur Azevedo (Mooca).
O espetáculo traça um paralelo entre São Paulo e Rio de Janeiro, ao abordar as nove mortes em um baile funk em Paraisópolis, em São Paulo e os 80 tiros no carro de uma família em Guadalupe, no Rio de Janeiro, que resultaram na morte de um homem. Acontecimentos que são reflexos de ações desastrosas da Polícia Militar, tratamento comum dado às populações das grandes periferias.
Embalado pelas letras do funk para narrar essa história, “ou 9 ou 80” leva ao palco a vida dos dançarinos das periferias dessas duas cidades, apresentando as dificuldades de tantos jovens que sofrem diariamente com o racismo, homofobia, desigualdade social, e demonstra que, mesmo com tantos obstáculos, essas pessoas encontram nesses acontecimentos, lugares de inspiração e motivação para seguir na luta diária de viver, e viver da arte e da dança.
“A montagem aponta a necessidade do desenvolvimento humano em busca da felicidade contada através das letras do funk e dos corpos dos dançarinos. É um espetáculo que busca reverberar a dança urbana no coração de cada um, e mesmo com todas as dificuldades, celebrar a beleza da vida”, comenta o diretor artístico Kelson Barros.
A Clarín Cia de Dança, que tem à frente o diretor, bailarino e coreógrafo maranhense Kelson Barros, é um grupo formado por artistas com vivências na capoeira, breaking, ballet e danças brasileiras, que foi criado em 2009 dando continuidade às propostas do “Núcleo de Pesquisa Igi Ara”. Com artistas que se juntaram para experimentações em dança, a companhia se dedica atualmente à pesquisa com as danças populares do Brasil.
Kelson Barros, que possui em sua trajetória passagens pelo “Balé Folclórico de São Paulo – Abaçaí“, “Corpo de Baile Jovem do Teatro Municipal de São Paulo” e comissões de frente de diversas escolas de samba de São Paulo, atualmente é coreógrafo da Comissão de Frente da Escola de Samba Colorado do Brás, curador e produtor de Festivais e Companhias de dança.
SERVIÇO
Espetáculo “ou 9 ou 80”
Quando: 7 e 8 de agosto
Horário: 16h
Onde: Teatro Paulo Eiró
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo
Contato: (11) 5686-8440
Quando: 14 e 15 de agosto
Horário: 16h
Onde: Teatro Alfredo Mesquita
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo
Contato: (11) 2221-3657
Quando: 21 e 22 de agosto
Horário: 16h
Onde: Teatro Cacilda Becker
Endereço: R. Tito, 295 – Lapa – São Paulo
Contato: (11) 3864-4513
Quando: 28 e 29 de agosto
Horário: 16h
Onde: Teatro Arthur Azevedo
Endereço: Av. Paes de Barros, 955 – Mooca, São Paulo
Contato: (11) 2604-5558