“1824” NARRA A CONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE TEUTO-BRASILEIRA A PARTIR DO SURGIMENTO DA COLÔNIA EM SÃO LEOPOLDO, NO RIO GRANDE DO SUL

DIVIDIDO EM 22 CAPÍTULOS, O LIVRO É UM MERGULHO NA IMIGRAÇÃO GERMÂNICA NO PRIMEIRO REINADO
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20.12.2023

Divulgação

De um lado o Brasil, que buscava o reestabelecimento político e formação da identidade nacional após a declaração formal de independência, em 1822; do outro, a Alemanha, abalada pelas guerras napoleônicas, que embora tivessem chegado ao fim, causaram destruição por todo o país. É nesse contexto que José Bonifácio, principal conselheiro de D. Pedro I, põe em prática o projeto de trazer imigrantes europeus para terras sul-americanas, com a ajuda do agente Georg Anton von Schaeffer.

200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – 4 LIVROS COM DETALHES DIFERENTES DA HISTÓRIA

Os detalhes deste processo imigratório que completa 200 anos em 2024 são detalhados pelo historiador gaúcho Rodrigo Trespach na obra “1824”, publicada pela Citadel Grupo Editorial. Por meio de documentos, cartas, ofícios e uma vasta bibliografia, o pesquisador entrelaça a vida de líderes políticos, militares e visionários com a de artesãos, agricultores e camponeses que atravessaram o Oceano Atlântico em busca de novas e melhores condições de vida.

Dividido em 22 capítulos, o livro é um mergulho na imigração germânica no Primeiro Reinado – entre o período de 1822 e 1831. Durante nove anos, mais de cinco mil alemães desembarcaram no Faxinal do Courita, porção de terra próxima ao Rio dos Sinos, nos arredores de Porto Alegre. O pequeno povoado instalado no Rio Grande do Sul tornou-se exemplo de sucesso da política de colonização do governo imperial e, por dois séculos, os germânicos  adaptaram os costumes europeus à cultura brasileira: hoje, o país soma mais de cinco milhões descendentes de alemães.

“Os países de língua alemã na Europa, especialmente a Alemanha, continuaram deixando partir para a América do Sul o seu excedente populacional. Além do papel importante no desenvolvimento da agricultura e na produção industrial – as colônias teutas são exemplos ímpares do poder e da capacidade transformadora das ações comunitárias, como o cooperativismo, criado em Nova Petrópolis, no começo do século XX -, os alemães ajudaram a pintar o grande painel multicultural chamado Brasil”.  (1824, p. 317).

Curiosidades como o surgimento da igreja protestante no país e a existência de um plano argentino para assassinar D. Pedro I, representado na capa do livro, complementam esta leitura mais que indicada a estudantes, professores e leitores em busca de informação e conhecimento sobre a colonização brasileira. Rodrigo Trespach é pesquisador referência em história dos séculos, XVIII, XIX e XX e autor de outros 17 livros, entre “Às Margens do Ipiranga”. 368 páginas. R$64,90.

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