Voz, violão e uma plateia conectada com o repertório ímpar de Paulo Novaes, marcou sua apresentação nesta última quinta-feira (8), no Festival Pepper Music, em São Paulo. Entre canções de sucesso da carreira e outras inéditas, o cantor, através de seu carisma trouxe o público para junto dele com suas histórias e narrativas entre uma música e outra. Postura tranqüila e serena é a marca registrada do artista, considerado a nova voz da música popular brasileira – não pra menos, pois aos 30 anos de idade, já possui em seu currículo um Grammy Latino na categoria Melhor Canção em Língua Estrangeira pelo single “Lisboa”, parceria com o duo Anavitória.
Em sua carreira, até o momento, o cantor, compositor, produtor e instrumentista já lançou três álbuns – “Esfera” (2016), “Baú do Coração” (2018) e “Minha Cabeça” (2021), esse último lançado entre Brasil e Portugal. “Eu na realidade considero esses três primeiros álbuns uma trilogia, como se um fosse a continuação do outro. Acho que o começo da minha carreira, as canções são muito pessoais, isso culminou nos dois primeiros discos ‘Esfera’ e ‘Baú do Coração’. O mais recente, ‘Minha Cabeça’ é bem mais expansivo, como se fosse uma conclusão de todo o processo que rolou com os dois primeiros discos – de amadurecimento pessoal e musical mesmo”, explica.
Paulo Novaes convidou ao palco o músico João Menezes – um casamento perfeito de vozes que através de duas canções, mostraram ao público que a música de qualidade segue firme e forte no mercado fonográfico. Mesmo com as canções inéditas, o artista fazia com que a plateia interagisse nos refrões – pronto – já estavam conectados – o laboratório de suas novas canções estava na ativa e as pessoas eram as cobaias perfeitas para esse experimento – o resultado: inéditas aprovadas com sucesso. “O show de hoje foi um dos mais especiais da vida”, escreveu em sua rede social.
“O próximo lançamento será um álbum em parceria com o Janeiro, músico português, lá de Coimbra. Nós temos um projeto chamado ‘Protocolar’. Lançamos em 2020 um EP e agora vamos lançar o volume 2, agora um disco com 11 faixas. Ainda esse ano devo lançar também um EP com Luizga, compositor do interior de Minas Gerais, com quem vivi uma experiência numa aldeia indígena do povo Huni Kuin, lá do interior do Acre. Compusemos algumas canções em parceria com músicos do povo”, comenta sobre seus próximos projetos.