Em uma New York pós-apocalíptica, humanos e criaturas sobrenaturais, como trolls, goblins, vampiros e lobisomens coexistem em relativa paz sob as leis do Tratado de Monstros depois de um longo período de guerras que quase acabou com a humanidade. É neste cenário de “O Rouxinol e o Monstro da Biblioteca” que vivem e se relacionam Kierse, uma ladra destemida, e Graves, um feiticeiro que guarda segredos sombrios.
“O COELHO” TRANSFORMA O CLÁSSICO DE LEWIS CARROLL EM AVENTURA MACABRA NO MELHOR ESTILO DARK FANTASY
Inspirado no folclore Celta e no clássico “A Bela e a Fera”, o best-seller do New York Times marca a estreia da autora K.A. Linde no Brasil com este lançamento New Adult pela Plataforma21. Ágil e cheia de truques, Kierse sobrevive nas sombras da cidade graças à guilda de ladrões que a acolheu após a morte dos pais. Treinada no mundo do crime, ela domina todas as técnicas para roubar de ricos e poderosos. Mas quando é contratada para invadir a misteriosa Biblioteca de Azevinho e furtar um objeto precioso, a protagonista não imagina que está prestes a violar uma regra do Tratado: entrar sem permissão na propriedade de um monstro.

Ao capturá-la, em vez de matá-la, porém, Graves propõe uma parceria perigosa — a moça precisa roubar para ele um artefato protegido por sistemas inquebráveis, guardado por um vampiro vil. Em troca, ele dará à jovem não apenas liberdade, mas também respostas sobre quem ela realmente é. A personagem se vê em um dilema entre fugir ou se aliar ao inimigo, intrigada pela promessa de aventura. Sedutor, enigmático e manipulador, Graves convence Kierse a aceitar a proposta quando revela que ela não é apenas uma ladra qualquer, mas a única capaz de realizar esse roubo — já que a garota consegue quebrar barreiras mágicas, uma habilidade especial desconhecida pela própria até então.
“O PAI DE MARILYN MONROE”, OBRA DE LUCAS MARTINI, RETRATA FATOS REAIS DA VIDA DA ATRIZ HOLLYWOODIANA
Por meio da proximidade forçada entre os dois, o sentimento de hostilidade logo passa a se transformar em desejo mútuo e paixão proibida, em uma relação de poder e desconfiança que impacta as escolhas de cada um ao longo da narrativa. “Ambos mentirosos e monstros e assassinos. Ambos capazes de amor e riso e vida. Não eram heróis. Não eram vilões. Só pessoas abençoadas e amaldiçoadas com magia. Como ela. Mas precisaria haver um vencedor. (O Rouxinol e o Monstro da Biblioteca, p. 460). Presos juntos nesse jogo arriscado, Graves introduz Kierse a um mundo de magia ancestral, ao mesmo tempo em que a protagonista começa a desvendar a verdade sobre o passado.
Em uma jornada de autodescoberta em que “heróis” e “vilões” não existem, K.A. Linde convida o leitor a questionar até onde cada um pode ir por amor e sobrevivência, além de refletir sobre a linha tênue entre o bem e o mal. Com tropes literários enemies-to-lovers, slow-burn e forced-proximity, “O Rouxinol e o Monstro da Biblioteca” é o primeiro volume de uma trilogia que se destaca, sobretudo, por misturar fantasia urbana, mitologia, suspense, romance e cenas hot. 484 páginas. R$ 89,90.