O mês de julho é bastante especial para os muçulmanos de todo o mundo: é quando acontece o Hajj, a peregrinação à cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita. Pelo segundo ano consecutivo, haverá restrição de participantes em função a pandemia. Só poderá fazer o hajj quem for residente ou nascido na Arábia Saudita, ter entre 18 e 65 anos, não sofrer de doença crônica e ter sido vacinado – de acordo com orientações do Ministério do Hajj e da Umrah saudita. Em 2019, 2,5 milhões de pessoas estiveram em Meca.
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Mas o que será que mobiliza muçulmanos de diferentes partes do mundo para esta peregrinação? O vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, Ali Zoghbi, explica – “O hajj está entre os cinco pilares sagrados da religião islâmica. Os muçulmanos devem realizar este ato de fé ao menos uma vez na vida se tiverem saúde e condições financeiras para fazer a viagem”, detalha. “Foi em Meca que Mohamed, mensageiro de Deus para a fé islâmica, fez a sua primeira e única peregrinação após ser proclamado profeta, na companhia de quase 120 mil fiéis”.
Durante o hajj, as pessoas usam vestes muito simples, brancas, simbolizando que são todas iguais. E pedem bênçãos e perdão para os pecados. “São dias intensos, marcado por muita união e solidariedade. É uma experiência muito marcante para todos os muçulmanos”.
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Desde 2011, a Fambras conta com um programa que custeia a peregrinação de muçulmanos de diversos países da América Latina que não têm condições financeiras para realizar a viagem. “Este é um projeto que tem feito a diferença na vida de muitos muçulmanos. Eles se inscrevem e aguardam a seleção feita pela Federação. Auxiliam com a documentação e vistos, além de oferecer o acompanhamento de um Sheikh. Este ano, mais uma vez em função da pandemia, não foi possível seguir com o projeto, mas nossas esperanças se renovam já pensando em 2022”, finaliza Zoghbi.