MAME-DIARRA NIANG, ARTISTA FRANCESA, APRESENTA INDIVIDUAL “THE CITADEL” NA GALERIA LUME, EM SP

UMA TRILOGIA, ONDE MAPEA UMA ROTA ATRAVÉS DA DESCOBERTA, PERDA E RENOVAÇÃO PELAS PAISAGENS MISTERIOSAS DA ÁFRICA CONTEMPORÂNEA
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08.12.2021

Divulgação

Galeria Lume, em São Paulo, inaugura a mostra individual da artista multidisciplinar Mame-Diarra Niang, ambas com curadoria de Paulo Kassab Jr. A série “The Citadel”, uma trilogia, onde a artista usa a câmera como ferramenta de pesquisa, cristalizando impressões de cenas e as reconfigurando em paisagens abstratas e metafóricas. Já a série “Call Me When You Get There” procura exercer o desejo de liberdade e de superar os limites psicológicos e físicos impostos pelo isolamento durante a pandemia.

EXPOSIÇÃO “MEMÓRIAS RESISTENTES” MOSTRA A GRANDE TRANSFORMAÇÃO QUE A DÉCADA DE 60 PROVOCOU NO CENÁRIO ARTISTÍCO

Uma história contada em três movimentos: mapeando uma rota através da descoberta, perda e renovação pelas paisagens misteriosas da África contemporânea. Em 2007, Mame-Diarra Niang voltou ao Senegal para enterrar seu pai depois de passar anos vivendo na França. Sua relação inequivocamente íntima com o continente africano se traduz em uma representação refratada em que os lugares diante das lentes de Niang são estudados judicialmente e transformados em não-lugares fabulares. Em Sahel Gris, os arredores de Dakar, onde os projetos de infraestrutura foram abandonados ao pó, evocam um estado de suspensão permanente entre o movimento e a inércia.

“At the Wall” apresenta uma interrogação prismática das superfícies e perímetros de Dakar, retratando uma cidade assustadoramente drenada de vida humana, mas densa com seus traços. E em “Metrópolis”, Niang finalmente entra na barriga da besta, olhando para fora de dentro das superfícies urbanas lotadas de Joanesburgo, deslumbrando na luz do sul. No centro da visão de Niang está a noção de ‘a plasticidade do território’, em que uma investigação pessoal do lugar se torna indistinguível da própria metamorfose do fotógrafo e a paisagem se torna um ‘material para produzir muitos eus’ para formar um projeto sustentado, emerge uma relação profundamente pessoal, mas rigorosamente analítica com o lugar, oferecendo uma imagem complexa e em camadas para compensar as visões ocidentais históricas e imperiosamente motivadas da África como um terreno baldio.

A série surgiu durante o isolamento lockdown, do desejo de exercer a liberdade de movimento e de superar os limites psicológicos e físicos com o apoio da tecnologia. Nas palavras do artista: “Como podemos nos perder de vista quando estamos imóveis, compartimentados dentro de nossos próprios corpos, confinados? De onde estou não consigo mais ver o horizonte. Não tenho perspectiva. Eu tenho a mente em branco, não consigo nem criar mais. Só preciso viajar e ver um mundo que só posso vivenciar pela tela do meu iMac. Esquece! Visto daqui, o Google Maps é um sistema de memória, um guia que pode me ajudar a reconhecer novamente quem eu sou”.

O território como uma entidade em constante evolução e mudança está na raiz do trabalho de Niang. Em “Call Me When You Get There”, a artista retoma a prática da cartografia como uma forma de se situar e criar novos caminhos de memória e consciência. As cenas cotidianas são apresentadas como elementos de um quebra-cabeça em uma “terceira dimensão”, com figuras duplicadas se fundindo em fundos distorcidos, estruturas arquitetônicas esticadas além da forma e carros achatados e deformados. A exploração é virtual em suas modalidades, mas muito real no impacto que produz. Niang declara: “O cérebro não percebe a diferença entre o que é real, virtual ou imaginário. Lá, estou finalmente livre de minhas algemas; é estranho porque estou lá e em outro lugar em um mundo fantástico, um sonho libertador. O ato de olhar nunca fez tanto sentido como agora”.

“Call Me When You Get There” muda nossa percepção, convidando-nos a nos entregarmos à perda para nos reencontrarmos.

SERVIÇO

Exposição “The Citadel” de Mame-Diarra Niang

Onde: Galeria Lume

Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo

Quando: 9 de dezembro de 2021 a 22 de janeiro de 2022

Horário: segunda a sexta-feira, das 10 às 19h, e sábado das 11 às 15h

Quanto: entrada gratuita

Informações: (11) 4883-0351 ou através do site

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