“MADAME BLAVATSKY – AMORES OCULTOS” APRESENTA AO PÚBLICO A MISTERIOSA FIGURA DA ESCRITORA RUSSA

ESTRELADO POR MEL LISBOA, O MONÓLOGO PROPÕE AO ESPECTADOR UMA ESPÉCIE DE EXPERIÊNCIA MÍSTICA
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11.03.2023

João Caldas

A emblemática trajetória da escritora russa Helena Petrovna Blavátskaya (1831-1891), cofundadora da Sociedade Teosófica, inspirou a criação do solo “Madame Blavatsky – Amores Ocultos”, estrelado pela atriz Mel Lisboa, que estreia no Teatro Vivo, em São Paulo. O monólogo tem dramaturgia de Claudia Barral e surgiu a partir do contato da autora com a peça “Madame Blavatsky”, de Plínio Marcos. Já a direção é assinada por Marcio Macena.

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A dramaturgia brinca com os limites da ficção, investigando convenções da representação teatral e simulando, através do texto, uma incorporação mediúnica. Trata-se de uma não-peça, já que propõe ao espectador uma espécie de experiência mística. 

Em cena, o espírito de Helena Blavatsky exige retornar ao teatro, utilizando-se do corpo de uma atriz, para colocar a sua controversa trajetória em pratos limpos. Como toda história tem várias versões, Helena é interrompida por outros espíritos, que também querem dividir com o público as suas impressões.

A ideia é apresentar ao público essa figura complexa, dinâmica e independente, que foi responsável pela sistematização da moderna Teosofia (que, de maneira reducionista e simples, pode ser definida como o conjunto de doutrinas filosóficas, esotéricas e ocultistas que buscam o conhecimento direto dos mistérios da vida, da natureza e da divindade).

Blavatsky surgiu em um momento histórico em que a religião estava sendo rapidamente desacreditada pelo avanço da ciência e da tecnologia. Helena, então, tornou-se cofundadora da Sociedade Teosófica, que pregava a junção de todos os credos, incentivando a pesquisa científica, o pensamento independente e a crítica da fé cega através da razão.

Assim, ela viveu em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico, para desenvolver seus poderes paranormais de forma controlada, a fim de que pudesse servi-los como instrumento para a instrução do mundo ocidental. Lutou contra todas as formas de intolerância e preconceito, atacou o materialismo e o ceticismo arrogante da ciência, e pregou a fraternidade universal.

“Essa personagem única influenciou milhares de pessoas em todo o mundo desde que apareceu, da população comum a estadistas, líderes religiosos, literatos e artistas, e deve mais do que nunca ser conhecida do público. Ela abalou e desafiou de tal modo as correntes ortodoxas da religião, da ciência, da filosofia e da psicologia, que é impossível ficar ignorada. Foi uma verdadeira iconoclasta – ao rasgar e fazer em pedaços os véus que encobriam a realidade”, conta o diretor Marcio Macena.

Blavatsky também se tornou o alvo de ataques e injúrias, pela coragem e ousadia de trazer à luz do dia aquilo que era blasfêmia revelar. Lentamente, os anos se encarregaram de fazer-lhe justiça. Apesar das invectivas, considerava-se feliz por trabalhar “a serviço da humanidade”, e deu provas de sabedoria ao deixar que as futuras gerações julgassem a sua magnífica obra.

SERVIÇO

Monólogo “Madame Blavatsky – Amores Ocultos”

Onde: Teatro Vivo

Endereço: Av. Chucri Zaidan, 2460, Morumbi – São Paulo

Quando: 15 de março a 31 de maio

Horário: terças e quartas às 20h –  não haverá sessão nos dias 21 de março e no dia 3 de maio

Quanto: R$ 80 (inteira) R$ 40 (meia)

Classificação etária: 12 anos

Duração: 60 minutos

Informações: (11) 3279-1520 ou através do site

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