O nazismo foi responsável pelo extermínio de milhões de pessoas na Europa, com especial perseguição aos judeus, ao longo da Segunda Guerra. Poucos sabem, porém, que o regime estendeu suas ondas de violência e mortes para o clero, deflagrando horror e assassinatos entre os religiosos.
Entre 1938 a 1945, dos 2.579 sacerdotes enviados ao campo de Dachau, 1.034 foram assassinados. O primeiro campo de concentração nazista, localizado no coração da Baviera, foi inaugurado em março de 1933, apenas 51 dias após Adolf Hitler se tornar chanceler alemão. Mas recebeu os primeiros sacerdotes, seminaristas e monges católicos cinco anos depois, em 1938.
É tido como o maior cemitério de padres do mundo e abrigou a primeira ordenação de um sacerdote católico em um campo de concentração. Essas e outras histórias são narradas no livro “O Pavilhão dos Padres – Dachau, 1938-1945”, do jornalista francês Guillaume Zeller que chega neste mês às livrarias brasileiras.
A obra traz diversas histórias individuais chocantes e episódios heróicos vividos pelos religiosos em Dachau. Além dos percursos pessoais, o livro lança nova luz sobre o sistema hitlerista dos campos de concentração e aborda a fé e o comprometimento espiritual, que ultrapassaram as trajetórias pessoais desses religiosos.
Resgatar essa história singular permite oferecer respostas e traçar paralelos entre as tragédias que acometeram os leigos e os fatos ocorridos com esses padres. 240 páginas. R$ 49,90.