LIA DE ITAMARACÁ E DAÚDE SE UNEM NO SINGLE DUPLO “QUEM É? / A GALERIA DO AMOR” EM CELEBRAÇÃO AS DIFERENTES FACETAS DO AMOR

AS FAIXAS REVELAM NOVAS CAMADAS DE EXPRESSIVIDADE DE LIA E REAFIRMAM A ENTRADA DE DAÚDE EM DIREÇÃO A NOVOS HORIZONTES
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14.11.2025

Ravaneli Mesquitta

O encontro entre Lia de Itamaracá e Daúde, que dá origem ao aguardado álbum “Pelos olhos do mar”, ganha um novo capítulo com o lançamento do single duplo “Quem é? / A Galeria do Amor”.

Produzido por Pupillo e Marcus Preto, o lançamento está disponível em todas as plataformas digitais. Após “Florestania”, o single reafirma a força criativa de duas artistas que, a partir de trajetórias distintas, se encontram em um mesmo espaço para navegar entre a música brasileira em toda a sua amplitude de tradições e modernidades. 

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Originalmente um sucesso na voz de Silvinho, Lia de Itamaracá conheceu “Quem é?” pela regravação de Agnaldo Timóteo. Por outro lado, foi Daúde a dar vida a regravação do clássico “A Galeria do Amor”, composta pelo próprio Timóteo.  A faixa que dá nome ao álbum lançado pelo cantor em 1975 foi escrita em forma de celebração a “gente que é gente e se entende”, da Galeria Alasca, boate em Copacabana considerada um local de encontro entre homens gays, muitas vezes não assumidos, nos anos 1970. 

As faixas, que agora chegam como um single duplo revelam novas camadas da expressividade de Lia de Itamaracá e reafirmam a entrada de Daúde em direção a novos horizontes. O encontro das artistas, a princípio improvável, foi orquestrado por Beto Hees, empresário de Lia há quase três décadas. Foi ele quem propôs que suas vozes dividissem um mesmo espaço sonoro, e viu nascer uma química imediata.

Lia sempre esteve no meu imaginário, através das minhas tias. Mas eu nunca poderia imaginar que, ao longo da minha carreira, estaríamos juntas formatando um trabalho lindo e potente”, comenta Daúde sobre o encontro com Lia de Itamaracá para a gravação do novo trabalho. Lia, por sua vez, recorda com ternura: “Eu conhecia Daúde pela televisão. Um dia, viemos para o Rio e eu consegui a oportunidade de me encontrar com ela. Chegou o meu dia, como eu dizia. Foi um encontro maravilhoso, bacana, e ficamos até hoje. Ela é uma menina amada, amiga, e nós trabalhamos muito bem com a música e nos damos muito bem”

A escolha das músicas não é apenas estética: é política e afetiva. Lia, que há décadas carrega a bandeira da ciranda como símbolo de coletividade e tradição pernambucana, e Daúde, que traz o frescor da negritude moderna à MPB, constroem juntas uma narrativa sobre encontros e continuidade. “Ela diz que canta ciranda, mas Lia canta outras coisas. O CD tem a possibilidade de mostrar outras faces dela, de cantora que canta bolero, mas que também canta canções que divide com outros artistas”, reflete Daúde.

O single duplo aparece como um prolongamento natural de “Pelos olhos do mar”, um álbum que já nasceu destinado à fama. São canções que tratam do amor em seus múltiplos territórios: o amor que sofre, o que liberta e o que resiste.

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