KARIM AÏNOUZ COMPREENDE AS PRÓPRIAS RAÍZES EM “MARINHEIRO DAS MONTANHAS” E O FUTURO ROUBADO DE UMA GERAÇÃO EM “NARDJES A.”

CINEASTA BRASILEIRO LANÇA SIMULTANEAMENTE DOIS LONGAS, AOS QUAIS RETRATAM DUAS REALIDADES OPOSTAS
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18.09.2023

Divulgação

Um dos mais prestigiados cineastas brasileiros da atualidade, dentro e fora do país, Karim Aïnouz volta ao circuito no dia 28 de setembro, com dois novos longas-metragens. Após exibir “Firebrand” – seu primeiro filme em língua inglesa, com Jude Law e Alicia Vikander – na última edição do Festival de Cannes, o diretor agora leva aos cinemas nacionais os documentários “Marinheiro das Montanhas” (assista ao trailer abaixo) e “Nardjes A.”.

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“É uma alegria muito grande ter dois filmes no circuito nacional. Esses filmes foram gestados em um mundo pré-pandêmico e foram concluídos durante a pandemia. Fico muito feliz de lançá-los agora nos cinemas porque terminaram sendo represados por conta disso”, afirma Aïnouz“Também fico muito feliz com o lançamento conjunto, nesse momento em que estamos aos poucos processando o trauma e a distopia a que fomos submetidos durante o mandato da extrema-direita porque os longas falam de utopia e da capacidade de sonhar mundos mais justos”.

Considerado o projeto mais pessoal de sua carreira, “Marinheiros das Montanhas” integrou a programação de importantes festivais ao redor do mundo, incluindo uma aclamada passagem por Cannes, em 2021. O documentário narra a jornada do cineasta pela Argélia, onde investiga a história do pai, um homem que só conheceu por fotografias, para compreender as suas próprias origens. “É um filme íntimo, delicado e quase experimental, espero que o público embarque nele de corpo e alma”, afirma Aïnouz, que está na fase final das filmagens de “Motel Destino”, no Ceará, e se prepara para rodar o seu segundo longa internacional, “Rosebushpruning”.

Exibido no Festival de Berlim, em 2020, “Nardjes A.” (assista ao trailer abaixo) foi filmado com um smartphone justamente durante a pré-produção do longa acima citado, em uma viagem do diretor a Argel, capital do país africano. Nele, Karim acompanha um dia na vida de uma ativista enquanto ela se junta aos milhares de manifestantes que vão às ruas para derrubar o regime que os silenciou ao longo de décadas.

“Eu queria que esse filme fosse ousado, alto, barulhento, rápido e voraz, como as manifestações que invadiram as ruas de Argel. Os protestos ressoaram para além da Argélia. Foi emocionante testemunhar aqueles eventos que vinham carregados de uma força e alegria contagiantes. A gente fala de uma geração que teve seu futuro roubado, mas ainda encontra na esperança um lugar fértil para imaginar o amanhã. Pensando no nosso mundo hoje, a Argel de 2019 está em todo lugar”, reflete o diretor.

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