IZA CELEBRA SUA INDEPENDÊNCIA FEMININA COM O LANÇAMENTO DO ÁLBUM “AFRODHIT”

“EU ME SINTO MAIS CONFORTÁVEL PARA SER QUEM EU QUERO E FALAR COISAS QUE NÃO DISSE ANTES”, COMENTA
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04.08.2023

MarVin

Iza apresenta o aguardado “Afrodhit”, o álbum – considerado pela própria cantora – como o mais feminino e pessoal da carreira. Para tanto, ela descartou músicas quase prontas ao julgar que não representavam seu momento presente e, em fevereiro deste ano, recomeçou o trabalho do zero, com uma identificação maior com temas jamais ditos e que, agora, soam naturais e nada incômodos para ela. “Eu me sinto mais confortável para ser quem eu quero e falar coisas que não disse antes”, explica. A cantora chega ao novo projeto não só abraçada com sua independência feminina, como no auge de um domínio artístico impulsionado por superações emocionais conquistadas recentemente.

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Se a etimologia do nome Afrodite ainda é um mistério, o mesmo não se aplica a “Afrodhit”, inspirado no conceito de um ser que nasceu do centro da Terra e caiu no universo urbano, passando a viver as conquistas e agruras, os desamores e recomeços. O álbum aterrissa para descobrir todos os prazeres e aflições que permeiam os relacionamentos. Esse olhar para a realidade surge nas mais variadas versões – sempre fortemente orientadas para o afrobeat que conduzem Iza a ritmos que vão de R&B, rap, lovesong até funk, extrapolando os limites da MPB, resultado de sua vivência nos palcos, nas telas e no presente. A cantora e compositora comanda todo o corre, mesmo quando é preciso se adaptar a gêneros mais “inesperados”; nota-se tranquilamente que percebeu as inúmeras possibilidades para a própria voz, que se reinventa e se molda à proposta.

O álbum é, em grande parte, uma imersão nas questões femininas, para a qual a protagonista Iza convidou parceiras para lá de especiais, mulheres que crescem ombro a ombro com ela, para dividir essa caminhada repleta de descobertas. São abordadas temáticas pelas quais as mulheres se reconhecem na artista, que, por sua vez, reconhece-se em si mesma. E, perpassando o álbum, o recado vai sendo dado: hoje, a cantora já não encontra dor em deixar o passado no passado e mirar corajosamente um futuro independente – de certo, um movimento de transformação de dentro para fora, que, em “Afrodhit”, irrompe em novas e audaciosas habilidades adquiridas ao longo desses anos.

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Não significa que a cantora e compositora esteja travando uma batalha contra o sexo oposto, longe disso. Os que chegam para acrescentar são muito bem-vindos, como Arthur Verocai, na faixa de abertura, “Nunca Mais”; Russo Passapusso, em “Mega da Virada”; L7nnon, em “Fiu Fiu”; e Djonga, em “Sintoniza”. As escolhas demonstram o radar apurado de Iza e reforçam sua versatilidade, ao fazê-la embarcar em uma jornada destemida com representantes da música brasileira que reinam nas ruas de todo o Brasil.

São faixas arrebatadoras, cada uma a seu modo: em “Nunca Mais”, o desabafo de Iza é contundente, porém amenizado pelo luxuoso arranjo de cordas do maestro Verocai. A festa de “Mega da Virada” é invocada pela cantora e endossada pelo líder do BaianaSystem, Russo Passapusso. Já “Fiu Fiu” traz a naturalidade com que as gerações mais jovens lidam com o sexo, desmistificando os desejos no trap classudo de L7nnon, com o toque marcante do concorrido beatmaker Papatinho. Com arranjo do premiado produtor Nave, “Sintoniza” é um convite melodioso cheio de malícia para o flow incisivo do rapper Djonga.

Mas também não deixa de ser verdade que “Afrodhit” traz um coro feminista tão baseado em experiências reais que deixa as teorias no chinelo. Para a divertida “Fé nas Maluca”, a cantora convida MC Carol, outra líder negra, para dividir os vocais ou, melhor dizendo, para se unir e confabular sobre o poder da união entre as mulheres. A funkeira, nascida e criada nas favelas do Rio de Janeiro, é considerada uma importante voz feminista da quebrada, com suas letras de cunho pessoal e relatos de experiências sexuais. Aqui ganha o aval de Iza, reforçando que qualquer padrão estabelecido para as mulheres é uma grande bobagem e deve ser combatido com uma boa dose de sororidade.

Assumidamente fã de Tiwa Savage, Iza compartilha uma faixa com a nigeriana e confortavelmente se equipara à rainha do afrobeat. Na dançante “Bomzão”, com a mescla de ritmos, vozes e idiomas, elas se complementam e transportam o flerte para a pista, satisfazendo o desejo dos fãs que estiveram no festival Back2Black torcendo por esse feat. Tomando a característica cativante de “Que Se Vá” como referência, não se espante caso uma, duas, três faixas, ou até mesmo todas, tornem-se hits imediatos assim que “Afrodhit” estiver disponível. “Que Se Vá” é um basta ao que não é mais tolerado no universo feminino e, nas palavras da cantora, “uma música de libertação”. Embalada por uma sonoridade irresistível, a composição é claramente um grito, um desabafo, uma virada de página, da qual Iza sai ainda mais forte e às gargalhadas. Ouça o álbum na íntegra:

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