Abraçar o novo sempre foi característica da Francisco, el Hombre. A banda começou a construção de sua história em 2013 e, após 11 anos de carreira, eles se preparam para uma pausa ou, como nomeado por eles, uma “siesta criativa”. Mas antes de sair de cena, Mateo e Sebastián Piracés-Ugarte, Lazúli, Helena Papini e Andrei Martinez Kozyreff conceberam um novo disco e turnê para consagrar este momento, materializado em “Hasta el Final”, projeto que acaba de ser lançado em todas as plataformas de áudio.
FRANCISCO, EL HOMBRE CONVIDA PATO FU PARA REFLETIR SOBRE AS MUDANÇAS DA VIDA NO SINGLE “OUTONO”
“Um segredo que poucos sabem é que esse disco vem sendo construído há quatro anos, com muita paciência, esperando o momento certo de lançar”, explica Mateo. O repertório é composto por músicas revisitadas e, agora, reformuladas com a maturidade adquirida pelo quinteto ao longo da carreira.
“Hasta el Final” é um álbum cíclico, em que todas as músicas estão conectadas. O fim de uma é o início de outra, assim como a pausa da banda é o ponto de partida para uma nova fase nas carreiras solo dos artistas. Entrelaçando suas raízes com o movimento constante da vida, as duas primeiras faixas — “vai começar o show! merda!” e “O que existe é o agora”, esta última com participação de Lenine – abordam justamente essa questão. A primeira transporta o ouvinte para o universo da Francisco, el Hombre por meio do instrumental, com ambiência que remete a momentos de apresentações catárticas pelos quais a banda é conhecida.
Na canção com Lenine, lançada como o primeiro single do projeto, o foco é o presente. Um interlúdio chega como terceira faixa, intitulada “a do piano”. Seguido de “Pececito o Tiburón?”, uma parceria com Agarrate Catalina (um dos maiores grupos carnavalescos do Uruguai), Bia Ferreira e BNegão que traz a clássica mistura latina da banda. “a da instiga” é a quinta faixa do disco e transporta a audiência novamente para universo do ao vivo.
“Jogo de Azar”, com Paulo Miklos; “a da microfonia” e “Arbolito Punk”, com Karina Buhr, são canções com mais influência do rock. Na sequência, as vozes da Francisco, el Hombre encaminham o ouvinte para um momento mais reflexivo com “a da síntese”, “Outono” (com participação de Pato Fu) e “O Ensimesmado” (com Ilú Obá de Min e Mart’nália).
O próximo bloco do disco é composto por duas músicas e um interlúdio e apresenta uma sonoridade latina já clássica da Francisco, el Hombre, com misturas entre brega, salsa, samba, reggaeton, o português e o espanhol. São elas: “Hoje é segunda-feira”, “a voz da galera” e “Demasiado Poquito (Quédate Un Ratito)”.
“O fim não é algo que assusta, mas, sim, algo que valoriza ainda mais o presente”, afirma Mateo. “eu não vou embora” encerra o álbum e reforça que a Francisco, el Hombre não acabou e seguirá nos palcos em um novo momento. A faixa-título do trabalho, “Hasta el Final” é a manifestação do que a banda propagou ao longo dos anos por ter a participação de artistas da américa latina como Calequi (Argentina), Cuatro Pesos de Propina (Uruguai), Juanito Ayala (Chile), KeTeKalles (Espanha) e Yusa (Cuba). Ambas encerram o ciclo de lançamentos e chegam aos aplicativos de áudio no dia 22 de maio.
“O disco todo é pautado na ligação com o público, na conexão com o ao vivo. Vocês vão entender que dar play em ‘Hasta El Final’ vai servir para matar a saudade do show da Francisco, el Hombre”, afirma Mateo. Ouça o álbum na íntegra: