O livro “Fevereiro em Chamas”, do jornalista Adriano Dolph, trata-se de um registro histórico de alguns dos principais incêndios do país, como os edifícios Andraus (1972), Joelma (1974) e Grande Avenida (1981). O autor acompanhou de perto essas histórias quando atuava como repórter da TV Gazeta, onde trabalhou por mais de 20 anos. Nos últimos 15 anos esteve envolvido no desenvolvimento e redação do livro.
“Foi um trabalho jornalístico fruto de uma intensa pesquisa, após a revisão de quase dez mil páginas de documentos de fóruns, jornais e até arquivos da Ditadura Militar. Consultei mais de duas mil fotos e quarenta entrevistas. Foram diversos dados para checar e analisar. Todo esse conteúdo contribuiu para revelações e informações inéditas”, afirma o escritor.
O prefácio do livro foi escrito pela jornalista e pesquisadora Cilene Victor, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e referência na área de comunicação de riscos de desastres e jornalismo científico e ambiental. “Quando recebi o convite para escrever este prefácio, já sabia que teria em mãos uma obra de fôlego, resultado de um trabalho incansável de pesquisa e apuração”, conta.
Segundo Dolph, muitas informações passaram por uma detalhada análise e investigação. “Quando iniciei a pesquisa, encontrei muitas informações e dados confusos, que geraram uma série de distorções na imprensa, e até lendas urbanas. A ideia é restabelecer uma conexão entre os dados disponíveis e a informação correta, de qualidade. Os documentos analisados foram fundamentais”, esclarece o autor.